Mundo

Índia anuncia produção de nova vacina contra a covid-19

O governo indiano pretende diversificar os centros distribuidores de vacinas e trazer avanços ao setor científico do país

Vacinas: Índia pretende produzir uma vacina contra a covid-19 usando tecnologia de mRNA. (Cavan Images/Getty Images)

Vacinas: Índia pretende produzir uma vacina contra a covid-19 usando tecnologia de mRNA. (Cavan Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de setembro de 2021 às 21h10.

Última atualização em 29 de setembro de 2021 às 21h37.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, divulgou, nesta quarta-feira, 29, um comunicado que pede a mulheres grávidas, tentando engravidar ou lactantes, para tomarem a vacina contra a covid-19. Nos Estados Unidos, cerca de 31% das pessoas que estão grávidas foram vacinadas.

De acordo com o CDC, já foram confirmados, desde o início da pandemia, 125 mil grávidas com a covid-19. Deste número, 22 mil foram hospitalizadas e 161 morreram. Evidências científicas alertam que a gravidez aumenta o risco de casos graves caso contraia o vírus.

Na Eslovênia, hoje, manifestantes contrários à vacinação e às medidas de combate a covid-19 foram atingidos por um canhão de água pela polícia. Gritando "Liberdade! Liberdade!" e carregando faixas "Pare o Fascismo Corona", o grupo de protestantes tentou bloquear uma rodovia no norte da Eslovênia, em Ljubljana. Segundo à Associated Press, os manifestantes reagiram à ofensiva policial jogando garrafas e outros objetos.

O protesto ocorreu no mesmo dia em que a Eslovênia suspendeu o uso do imunizante da Jonhson & Jonhson após a morte de uma jovem de 20 anos que tinha tomado a vacina. Segundo a agência de notícias STA, a jovem foi a segunda pessoa que faleceu por derrame no país após ter usado recentemente a vacina.

"A suspensão da vacina estará em vigor até que os especialistas determinem se houve uma ligação entre a morte da mulher por derrame e a vacina que ela recebeu a duas semanas", disse o ministro da Saúde, Janez Poklukar. No entanto, o ministro alertou que os benefícios da vacina são superiores a eventuais riscos.

A vacina da Jonhson & Jonhson é a mais utilizada no país e, recentemente, o governo esloveno aprovou a compra de 100 mil doses da vacina.

De acordo com informações do Washington Post, a Índia pretende produzir uma vacina contra a covid-19 usando tecnologia de mRNA até o final do ano, a tecnologia é similar a utilizada pelas farmacêuticas americanas Pfizer e Moderna. O governo indiano pretende diversificar os centros distribuidores de vacinas e trazer avanços ao setor científico do país.

A vacina, conhecida como HGCO19, está sendo produzida pela empresa Gennova, sendo financiada em parte pelo governo e desenvolvida em parceria com a HDT Bio Corp, empresa sediada em Seattle. A principal característica do imunizante, segundo o presidente-executivo da empresa, Sanjay Singh, é que ele pode ser armazenada entre 2º Celsius e 8º Celsius, o que facilita logística em comparação com outras vacinas de mRNA desenvolvidas pela Moderna e pela Pfizer, que precisam ser armazenadas em temperaturas mais baixas.

"A vacina candidata baseada em mRNA do Gennova "parece muito promissora em termos de imunogenicidade e segurança em seu ensaio de Fase 1, embora mais resultados dos ensaios de Fase 2 e 3 sejam aguardados", disse o cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan.

No combate ao vírus, o Equador planeja vacinar 1,5 milhão de crianças de 5 a 11 anos a partir de 15 de outubro com os imunizantes da Pfizer e Coronavac. Em entrevista à Associated Press, a ministra da Saúde do país, Ximena Garzón, anunciou que no caso da Pfizer a aplicação da dose será reduzida equivalente a um terço do peso de um adulto e com reforço em seis meses, enquanto a Coronavac será aplicada doses completas com diferença de 28 dias entre cada uma.

Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:CoronavírusÍndiavacina contra coronavírusVacinas

Mais de Mundo

Diplomatas de 24 países faziam parte de delegação alvejada em Jenin por forças israelenses

Suprema Corte de Israel diz que demissão de chefe de serviço de segurança foi ilegal

Mais de 48 mil isolados e 300 retirados de áreas afetadas por inundações na Austrália

Governo da Argentina decreta desregulamentação do transporte marítimo e fluvial