Mundo

Incra afasta superintendente que teria favorecido Cachoeira

Documento da PF, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, aponta Rocha como suposto “responsável pela agilidade do processo”

O deputado Demóstenes Torres já se desfiliou do DEM por conta de acusações de que estaria ligado ao bicheiro (Antonio Cruz/ABr)

O deputado Demóstenes Torres já se desfiliou do DEM por conta de acusações de que estaria ligado ao bicheiro (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 17h08.

Brasília - O Diário Oficial da União publica hoje a portaria estabelecendo afastamento por 30 dias do Superintendente Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Distrito Federal e Entorno, Marco Aurélio Bezerra da Rocha.

Rocha é citado em relatório da Polícia Federal por suposto favorecimento do grupo do empresário Carlinhos Cachoeira, preso após a Operação Monte Carlo, em processo de regularização fundiária da Fazenda Gama, próximo à Brasília.

Documento da PF, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, aponta Rocha como suposto “responsável pela agilidade do processo” ou como quem ocupava cargo que o colocava “na posição de apontar o responsável pelo processo no órgão que dirige”.

A decisão do afastamento do superintendente foi tomada na semana passada pela direção nacional do Incra. Em nota, o órgão informou que “desde setembro de 2011” tem conhecimento da “existência de processos de certificação de imóveis rurais com suspeitas de irregularidades no âmbito da Superintendência do Incra” e que “o imóvel está, inclusive, inibido no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) para fins de fiscalização cadastral”.

Além do afastamento, o Incra abriu processo de sindicância investigativa para apurar o caso. O afastamento de Marco Aurélio Bezerra da Rocha vale para o exercício do cargo efetivo de Agente de Portaria e do cargo em comissão de Superintendente Regional do Distrito Federal e Entorno, “sem prejuízo da remuneração, como medida cautelar a fim de que não venha a influir na apuração das irregularidades”, conforme estabelece a portaria.

Acompanhe tudo sobre:Brasíliacidades-brasileirasCorrupçãoEmpresasEscândalosFolha de S.PauloFraudesJornais

Mais de Mundo

Trump fala com presidente egípcio sobre Gaza e 'possíveis soluções' para o conflito

Secretária de Justiça dos EUA quer pena de morte para Luigi Mangione

Agências vinculadas ao Departamento de Saúde dos EUA iniciam demissões em massa

Chefe da diplomacia da UE denuncia evidências 'esmagadoras' de crimes de guerra na Ucrânia