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Incêndios devastam quase 95 mil hectares em Portugal em 5 dias

Até o momento, o fogo também causou a morte de sete pessoas

Bombeiros lutam contra incêndio em Aveiro, Portugal (AFP)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 20 de setembro de 2024 às 07h47.

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A onda de incêndios que assola o norte e o centro de Portugal devastou 94.146 hectares entre sábado e quarta-feira e obrigou a realização da maior operação de combate a incêndios já vista no país.

Os números foram anunciados nesta quinta-feira pela ministra da Administração Interna portuguesa, Margarida Blasco, em entrevista coletiva na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em Carnaxide, nos arredores de Lisboa.

Os mais de mil incêndios declarados desde o fim de semana obrigaram o envio da maior força de combate a incêndios jamais mobilizada em Portugal, segundo Blasco, com 37.700 militares.

A ministra também revelou que na próxima segunda-feira haverá uma reunião entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o Ministério Público (MP) e os chefes das diferentes forças de segurança do país, porque “muitos desses incêndios têm origem criminosa”.

Foi a primeira vez que Blasco se pronunciou desde o início da onda de incêndios, uma atitude que gerou críticas no país, mas a ministra justificou seu silêncio dizendo que as autoridades aconselham que “não haja intervenções inadequadas e desnecessárias” durante o combate.

“O governo vem acompanhando de perto a evolução das condições meteorológicas e do risco de incêndios desde o início, e vem adaptando medidas de prevenção e vigilância e reforçando os meios de combate e a resposta econômica, social e humana imediata à catástrofe”, afirmou.

A onda de incêndios que começou no último fim de semana e se espalhou principalmente nas regiões central e norte do país deixou 166 vítimas, incluindo cinco mortos - quatro deles bombeiros - e 12 pessoas gravemente feridas.

O governo português decretou um dia de luto nacional nesta sexta-feira em homenagem às vítimas.

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