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Incêndio de Portugal pode ter sido causado por raio, diz polícia

As autoridades disseram que 30 pessoas foram encontradas mortas dentro de seus carros em duas estradas

Incêndio em floresta de Portugal (foto/Reuters)

Incêndio em floresta de Portugal (foto/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de junho de 2017 às 12h33.

Lisboa - O impacto de um raio em uma árvore seca é a causa mais provável do grave incêndio que começou ontem no centro de Portugal e que deixou até o momento 57 mortos e 59 feridos, disseram neste domingo à Agência Efe fontes da Polícia Judiciária (PJ).

"As informações que temos até o momento no lugar do acontecimento nos permitem pensar que, com um alto grau de certeza, a causa seja um raio que atingiu uma árvore", disse o diretor nacional adjunto da PJ, Pedro do Carmo.

A rápida propagação das chamas, que alcançaram enormes proporções com a chegada da noite, se explica pelas condições "meteorológicas extremadamente adversas" registradas no país neste sábado, com temperaturas que superaram os 40 graus Celsius, acrescentou Do Carmo.

Os últimos dados oficiais são de que 57 pessoas morreram e 59 ficaram feridas, cinco delas com gravidade, devido às chamas que afetaram o município de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.

As autoridades disseram que 30 pessoas foram encontradas mortas dentro de seus carros em duas estradas que ficaram cercadas pelo fogo.

Outros 17 corpos foram achados em áreas ao lado de estradas e dez na zona rural vizinha.

Um efetivo de mais de 680 pessoas, entre bombeiros e policiais, foi enviado de Setúbal, Coimbra e Lisboa para extinguir as chamas com ajuda de dois aviões oriundos da Espanha e outros meios procedentes da França.

A situação foi definida pelo primeiro-ministro português, António Costa, como "a maior tragédia de vítimas humanas" dos últimos tempos por um caso deste tipo em Portugal.

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