Julian Assange pode não ser extraditado da Suécia para os Estados Unidos caso exista risco de pena de morte ou tribunal militar (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2012 às 11h52.
Sidney - É improvável que o fundador e ex-editor-chefe do WikiLeaks, Julian Assange, seja extraditado da Suécia para os Estados Unidos caso exista risco de pena de morte ou tribunal militar, disse nesta quarta-feira o ministro de Relações Exteriores da Austrália, Bob Carr. Assange é australiano.
O ministro afirmou que o país não pode se envolver em casos fora de sua jurisdição, mas que "os suecos disseram que não extraditam ninguém caso exista uma ofensa capital ou se é uma questão militar ou de inteligência". "Não é um assunto para a diplomacia australiana, mas um assunto para apoio consular", afirmou Carr.
Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres, pois o Reino Unido quer extraditá-lo para a Suécia, onde responderá por acusações de estupro. Ele nega as alegações e teme que, uma vez na Suécia, possa ser mandado para os Estados Unidos, onde pode enfrentar processo por espionagem devido a divulgação de documentos secretos pelo WikiLeaks.
Estocolmo não recebeu pedido de extradição de Washington e a lei sueca e a convenção de direitos humanas europeia proíbem o envio de alguém que possa ser condenado à morte. "Nós temos buscado garantias da Suécia de que o procedimento correto será seguido", disse o ministro para o jornal Australian Financial Review. As informações são da Dow Jones.