Mundo

Imprensa oficial chinesa faz fortes críticas aos EUA

Legisladores dos EUA afirmam que a China desvaloriza sua moeda entre 25% a 40%. Crítica ao câmbio provocou a mídia asiática

Segundo os Estados Unidos, os produtos chineses conseguem uma concorrência desleal e vantagens em mercados globais, gerando desemprego (AFP)

Segundo os Estados Unidos, os produtos chineses conseguem uma concorrência desleal e vantagens em mercados globais, gerando desemprego (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2011 às 11h40.

Pequim - A agência de notícias oficial da China fez duras críticas neste domingo aos esforços de legisladores norte-americanos para pressionar a política cambial chinesa.

"Isso se tornou uma prática comum - quando a economia (dos EUA) está desacelerada, sempre que uma eleição está chegando, surgem vozes por todas as partes dos Estados Unidos pedindo o aumento do renminbi", disse a Xinhua, referindo-se ao iuane pelo seu nome oficial.

As observações foram veiculadas um dia antes de o Senado dos EUA decidir se adota uma legislação que vai permitir às empresas buscarem direitos compensatórios contra países com moedas desvalorizadas, o que poderia ser considerado um subsídio injusto.

Legisladores dos EUA afirmam que a China desvaloriza sua moeda entre 25 por cento a 40 por cento, dando aos produtos chineses uma concorrência desleal e vantagens em mercados globais, resultando em milhões de desempregados.

A Xinhua disse em seu comentário o único elemento "inovador" no projeto de lei foi ligar a "manipulação cambial" diretamente a "subsídios comerciais", tornando mais fácil para as empresas norte-americanas travarem uma guerra comercial com a China.

"A corrida para a eleição presidencial dos EUA foi intensificada, e a taxa de câmbio do iuane é agora, mais uma vez, o alvo", afirmou a Xinhua, concluindo que "as opiniões dos defensores do projeto de lei são coniventes e superficiais."

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCâmbioChinaEstados Unidos (EUA)IuaneMoedasPaíses ricosPolítica monetária

Mais de Mundo

Decisão dos EUA sobre guerra ainda não foi tomada, mas pode ocorrer nos próximos dias, diz NYT

Ministro do Trabalho da Bolívia morre dez meses após assumir o cargo; causa segue sob investigação

No Japão, os pets superam as crianças e viram prioridade nas famílias

Para UE, negociação com os EUA esbarra em exigências comerciais 'desequilibradas