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Imprensa estrangeira: falta de carisma de Dilma levou eleições para 2º turno

O jornal inglês The Guardian, por exemplo, destacou que muitos brasileiros não sabem nem mesmo o nome da candidata do PT

A candidata do PT, Dilma Rousseff: falta de carisma a levou ao segundo turno (.)

A candidata do PT, Dilma Rousseff: falta de carisma a levou ao segundo turno (.)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - A falta de carisma da candidata do PT, Dilma Rousseff, aliada aos escândalos recentes do governo Lula, foi destacada nos jornais estrangeiros como o motivo que levou as eleições presidências do Brasil ao segundo turno.

Para o inglês The Guardian, Dilma não tem o mesmo carisma e reconhecimento do presidente Lula. "Alguns eleitores não tem certeza do seu nome, enquanto muitos se referem a ela simplesmente como 'a mulher do Lula'", diz o texto.

O repórter Tom Phillips, aliás, faz um comentário cheio de ironia. "Um eleitor do Rio de Janeiro disse na semana passada ao Guardian que pretende votar na candidata de Lula: Telma", afirma.

Já o Financial Times salienta que o resultado do primeiro turno é um "duro golpe" para Lula, que "fez da sua sucessão a prioridade de seu último ano no poder".

"O segundo turno promete ser uma campanha extenuante. Dilma Rousseff vai ser forçada a um confronto direto com José  Serra, algo que ambos têm até agora evitado", diz a reportagem.

O texto também faz uma ressalva ao tucano José Serra. Para os ingleses, o candidato do PSDB não conseguiu "apresentar uma crítica ou uma alternativa à mistura poderosa do presidente de uma política monetária restritiva e os altos gastos sociais."

Estados Unidos
O Wall Street Journal analisa que, mesmo vencendo no segundo turno, Dilma verá seu mandato se enfraquecer. "Dilma estará sob crescente pressão para distribuir ministérios e outros cargos para os líderes de outros partidos da coalizão, para garantir o apoio", afirma o texto.

O jornal salienta ainda que a candidata do PT terá que guiar uma "coalizão elétrica", que inclui os políticos radicais de esquerda, evangélicos e "interesseiros".

Já o New York Times, por outro lado, tem uma visão mais positiva e salienta que Dilma é considerada uma administradora competente. "Mas está faltando o carisma sedutor que ajudou a fazer de Lula tão popular". 

"Apesar da sua falta de experiência política e carisma público, ela vive uma onda de prosperidade e boa sensação no Brasil sob a liderança de Lula, cujas taxas de aprovação chegam perto de 80%", afirma o texto.

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