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Imprensa britânica não pode publicar fotos de príncipe nu

As fotos podem ser facilmente vistas na internet, mas não na imprensa britânica,


	Capas de jornais de Londres sobre as fotos do príncipe Harry: a imprensa britânica tem muita consideração com a família real desde a morte de Diana, a mãe de Harry, em 1997
 (©AFP / Daniel Sorabji)

Capas de jornais de Londres sobre as fotos do príncipe Harry: a imprensa britânica tem muita consideração com a família real desde a morte de Diana, a mãe de Harry, em 1997 (©AFP / Daniel Sorabji)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 21h08.

Londres - Parte da imprensa britânica, antes conhecida por sua audácia, estava frustrada nesta quinta-feira por não poder publicar, como no restante do mundo, as fotos do príncipe Harry nu, devido a uma advertência da família real.

As duas fotos do filho mais novo do príncipe Charles, fotografado nu neste fim de semana em Las Vegas durante uma partida de "strip-bilhar" junto com uma ou duas mulheres também nuas, podiam ser vistas facilmente na internet, principalmente no site TMZ, que as divulgou. Mas não podiam ser observadas nos meios de comunicação britânicos, impressos ou na internet.

Apenas o blog Guido Fawkes as publicou, atrevendo-se a desafiar o pedido da família real, que afirmou que a publicação destas fotos seria uma violação da vida particular do príncipe.

O prêmio da audácia é para o Sun, que sob a manchete que evoca "as joias da coroa", colocou na primeira página um repórter e uma estagiária do jornal exatamente na mesma posição e com o mesmo tipo de cordão e com a mesma pulseira que o príncipe usava nas fotos.

A maioria dos jornais ressalta o paradoxo de ver estas fotos expostas em vários sites de meios de comunicação estrangeiros, "incluindo meios de comunicação respeitáveis". "Estas imagens são vistas por milhões de pessoas na internet, mas a coroa as proíbe no Reino Unido", afirma o Daily Mail.

No entanto, o blog Guido Fawkes reagiu com firmeza: "Esta situação ilustra a ameaça à liberdade da imprensa na Grã-Bretanha. A verdade é que o medo faz com que os meios de comunicação tradicionais se submetam devido à investigação Leveson".

Essa comissão de investigação sobre a ética da imprensa, dirigida pelo juiz Brian Leveson, deve entregar seu relatório no fim do ano, após o escândalo das escutas telefônicas de famosos pelo semanário News of the World (NotW), que precisou ser fechado.


"As regras antigas não funcionam na era da internet", afirma Guido Fawkes.

A imprensa britânica tem muita consideração com a família real desde a morte de Diana, a mãe de Harry, em 1997.

No entanto, "se fosse antes da investigação Leveson, as fotos teriam sido publicadas por todos os tabloides", afirma à AFP Gary Horne, diretor do departamento de jornalismo do London College of Communication.

Mas no clima atual "a maioria dos tabloides teme irritar qualquer pessoa com poder entre as celebridades ou a família real (...) e fazem todo o possível para não contrariar Leveson enquanto redige seu relatório".

Um ex-funcionário do NotW, Neil Wallis, também considera que atualmente "os jornais estão assustados com suas próprias sombras".

A imprensa britânica, que criticou duramente o príncipe Harry em outras ocasiões, como quando se fantasiou de oficial nazista, em 2005, critica desta vez mais os guardas responsáveis por sua segurança, que permitiram que estas fotos fossem tiradas, do que o próprio príncipe.

Muitos meios de comunicação lembravam nesta quinta=feira que o príncipe de 28 anos, piloto de helicóptero militar, que deseja regressar à frente afegã, representou recentemente com honras a sua avó, a rainha Elizabeth II, principalmente em março, durante um giro pelo Caribe, ou neste mês, durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos.

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