Donald Trump: Câmara dos EUA abriu um processo de impeachment contra presidente norte-americano (Leah Millis/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de setembro de 2019 às 19h45.
O número de norte-americanos a favor do impeachment do presidente Donald Trump aumentou 8 pontos percentuais na última semana, quando os democratas iniciaram um inquérito sobre as alegações de que Trump pressionou a Ucrânia a manchar a reputação de seu rival político democrata Joe Biden, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta segunda-feira, 30.
A pesquisa realizada entre 26 e 30 de setembro constatou que 45% por cento dos adultos acreditam que o republicano Trump "deveria sofrer impeachment", em comparação com 37% em uma pesquisa semelhante realizada na semana passada. Outros 41% disseram que Trump não deveria ser destituído do cargo e 15% afirmaram que "não sabem".
Entre os democratas, 74% disseram que Trump deveria sofrer impeachment, um aumento de 8 pontos em relação à semana passada, enquanto 13% dos republicanos apoiam o impeachment, um aumento de 3 pontos. O número permaneceu inalterado entre os independentes em 37%.
A pesquisa também apontou que dois em cada três adultos norte-americanos, incluindo quase metade dos republicanos, disseram que qualquer autoridade eleita "deveria ser removida" do cargo se trabalhar com um governo estrangeiro para atacar um rival político.
O Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos emitiu uma intimação nesta segunda-feira, 30, ao advogado do presidente Donald Trump, Rudy Giuliani, em busca de documentos para seu inquérito de impeachment.
O painel de inteligência dirigido pelos democratas emitiu a intimação em consulta com os comitês de Relações Exteriores e de Supervisão, ambos da Câmara. Os deputados dos comitês disseram em comunicado que Giuliani havia dito na televisão que pediu ao governo da Ucrânia que “visasse” o ex-vice-presidente Joe Biden.
Foi solicitado a Giuliani que entregue documentos relacionados ao esforço de Trump para pressionar o presidente ucraniano, Volodymry Zelenskiy, a investigar Biden, um dos principais candidatos à indicação democrata para concorrer contra Trump na eleição de 2020, na qual o republicano buscará a reeleição.