O presidente norte-americano, Barack Obama, durante visita nesta segunda-feira à agência federal responsável pelo combate a emergências, em Washington (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2013 às 19h19.
Washington - Há nesta segunda-feira sinais de um maior empenho da Casa Branca e do Congresso na busca por uma solução para o impasse fiscal nos EUA, e o presidente Barack Obama disse que aceitaria um aumento transitório na capacidade de endividamento do governo se isso servir para evitar uma crise.
Separadamente, um assessor parlamentar disse que o influente senador republicano Bob Portman está preparando um plano para cortar os gastos federais e reformar o código tributário, como parte de um acordo mais amplo que leve à reabertura de órgãos governamentais fechados na semana passada e a uma elevação no teto de endividamento público, a fim de evitar uma moratória dentro de dez dias.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse a jornalistas que Obama estaria disposto a aceitar um aumento provisório do teto para evitar uma possível crise depois do dia 17, quando o governo atingirá o atual limite da dívida, que é de 16,7 trilhões de dólares.
E, no que foi visto como uma mudança de tom, Obama disse que estaria disposto a negociar mudanças no seu programa de saúde pública e em questões orçamentárias, mas só depois que o Congresso aprovar medidas que levem à reabertura dos órgãos públicos e à elevação do teto da dívida.
"Assim que isso acontecer, estarei ávido e disposto a negociar com os republicanos a respeito de toda uma gama de questões: como criamos mais empregos, como construímos a economia, como estimulamos a indústria", disse Obama na Agência Federal de Gestão de Emergências, durante uma visita com a qual buscou ilustrar os prejuízos causados pelo impasse orçamentário.
Deputados republicanos conservadores têm relutado em liberar verbas para o ano fiscal iniciado em 1º de outubro, pois condicionam isso a concessões de Obama no sentido de inviabilizar o funcionamento do novo sistema de saúde, conhecido como Obamacare.
Assessores da Casa Branca dizem que Obama está disposto a discutir melhorias no programa, sem cortar as verbas para a sua execução, como querem os republicanos.
Muitos conservadores também desejam impor condições semelhantes para a elevação do teto da dívida, junto com medidas destinadas à redução do déficit.
A liberação do orçamento para o novo ano fiscal e a elevação do teto da dívida eram duas questões paralelas, mas que acabaram se juntando em decorrência de prazos legais.