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Imigração, narcotráfico e fronteira são temas das eleições do México

A disputa presidencial no país traz quatro candidatos que falam sobre violência cristalizada, e a relação com os Estados Unidos em suas campanhas

Eleições: além do Presidente da República e nove governadores dos 32 estados, os eleitores votarão para Executivo e Legislativo federal, estadual e municipal (David McNew/Getty Images)

Eleições: além do Presidente da República e nove governadores dos 32 estados, os eleitores votarão para Executivo e Legislativo federal, estadual e municipal (David McNew/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de junho de 2018 às 10h43.

Última atualização em 28 de junho de 2018 às 11h16.

No próximo dia 1º, mais de 89 milhões de eleitores do México irão às urnas para escolher o novo presidente do país. No total, serão 3,4 mil cargos, entre eles, representantes do Congresso, nove governadores, além de representantes executivos e legislativos nos estados e nos municípios. Os temas que dominam as campanhas são a violência cristalizada pelo narcotráfico e infiltrada em diferentes setores, a imigração e a relação com os Estados Unidos.

No domingo, os eleitores mexicanos elegerão o presidente da República em turno único. No país, não há segundo turno. A disputa presidencial tem quatro candidatos. O vitorioso cumprirá mandato de cinco anos e 10 meses.

Estão na corrida presidencial Andrés Manuel López Obrador (coligação Morena-PT-PES); Ricardo Anaya (PAN-PRD-MC); José Antonio Meade (PRI, PVEN, Panal) e Jaime Rodriguez Calderón, 'El bronco' (independente).

A única candidata mulher era a independente Margarita Zavala, que abandonou o processo em maio. Ela é casada com o ex-presidente Felipe Calderón.

Favoritismo

O candidato de esquerda Andrés Manuel López Obrador tem aparecido nas pesquisas como o favorito dos eleitores. Aos 64 anos, chamado por suas iniciais AMLO, o político veterano é ex-prefeito da Cidade do México (capital). Essa é a terceira vez que López Obrador tenta chegar ao governo federal.

O segundo colocado nas pesquisas é o conservador Ricardo Anaya, 39 anos, representante do Partido Ação Nacional (Pan). Conhecido pela juventude, oratória e memória, Anaya liderou a Câmara dos Deputados de 2013 a 2014. Ele enfrenta acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, mas nega as denúncias.

Em terceiro lugar nas pequisas está Antonio Meade, 49 anos. Economista e advogado, o candidato da situação, apoiado pelo presidente Enrique Peña Nieto (PRI), enfrenta a baixa popularidade do presidente que o apoia e o desgaste da legenda, após décadas no poder e denúncias de corrupção.

Eleição Unificada

Além do presidente da República e nove governadores dos 32 estados, os eleitores votarão para Executivo e Legislativo federal, estadual e municipal. No total, serão escolhidos 500 deputados e 128 senadores.

Na Câmara, 300 deputados serão escolhidos de maneira direta - um representante para cada distrito. Os 200 deputados restantes serão eleitos proporcionalmente, chamados no país de deputados plurinominais.

Os deputados eleitos por maioria relativa são aqueles que terão o nome na cédula eleitoral como opção. Os deputados plurinominais são aqueles apontados em listas dos partidos - 40 nomes por região, sendo ao todo cinco distritos (regiões) eleitorais no país.

No Senado, dos 128 representantes, 96 serão eleitos diretamente, sendo 3 para cada um dos 32 estados (ou entidades). Os 32 senadores restantes também são chamados de plurinominais e são apresentados pelos partidos em uma lista nacional.

Os deputados e senadores eleitos terão mandatos de seis anos, iniciados em setembro.

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