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Imã radical Abu Qatada é libertado

A justiça britânica bloqueou sua extradição à Jordânia para enfrentar um novo julgamento por seu suposto envolvimento em atentados terroristas

Imã radical Abu Qatada volta à sua casa depois de ser libertado sob fiança, em Londres: ele já foi braço direito de Bin Laden na Europa (Andrew/Reuters)

Imã radical Abu Qatada volta à sua casa depois de ser libertado sob fiança, em Londres: ele já foi braço direito de Bin Laden na Europa (Andrew/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 10h30.

Londres - O imã radical jordaniano Abu Qatada, que já foi considerado o braço direito de Osama Bin Laden na Europa, foi libertado nesta terça-feira da prisão inglesa de Long Lartin após o pagamento de uma fiança, segundo as imagens divulgadas ao vivo pelas redes de televisão britânicas.

A libertação de Qatada ocorreu um dia após a Comissão Especial de Apelações Sobre Imigração (SIAC), uma jurisdição especial encarregada de casos relacionados à segurança nacional, bloquear sua extradição à Jordânia para enfrentar um novo julgamento por seu suposto envolvimento em atentados terroristas.

Canais de televisão mostraram o momento em que Abu Qatada deixou a prisão de Long Lartin, perto de Birmingham (centro da Inglaterra), em uma caminhonete que deve transportá-lo para sua casa no noroeste de Londres.

O islamita, de 51 anos, será submetido a rígidas condições, incluindo um toque de recolher de 16 horas diárias em sua casa, da qual poderá sair apenas entre 8h00 e 16h00.

Também será obrigado a usar uma pulseira eletrônica e terá acesso restrito a certas pessoas, condições similares a sua libertação condicional anterior, entre fevereiro e abril.

Qatada venceu na segunda-feira o recurso ante a SIAC, o que representa um duro golpe para as autoridades britânicas que tentam extraditá-lo há 10 anos. O governo anunciou a intenção de recorrer da decisão.

Os juízes da Comissão decidiram que, apesar das garantias dadas pela Jordânia, não podiam ter certeza de que o imã radical teria um julgamento justo em seu país, onde algumas provas contra ele foram obtidas sob tortura.

As autoridades jordanianas desejam julgar o imã radical de origem palestina por seu suposto envolvimento em atentados, pelos quais já foi condenado à revelia no fim dos anos 1990.

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