São Cristóvão e Nevis: nação caribenha tenta estender o tapete vermelho aos turistas neste mês, sem também dar boas-vindas à pandemia. (Robert S. Donovan/Flickr)
Thiago Lavado
Publicado em 3 de outubro de 2020 às 12h27.
Depois de seis meses praticamente isolada do mundo, a nação caribenha São Cristóvão e Nevis tenta estender o tapete vermelho aos turistas neste mês, sem também dar boas-vindas à pandemia.
As ilhas, onde vivem 53.000 pessoas, passaram quase ilesas pela Covid-19, sem mortes e com apenas 19 casos desde que a pandemia começou. E gostariam que as coisas seguissem assim. Mas com a indústria do turismo em grave crise, o país e as ilhas vizinhas não têm escolha a não ser acabar com o isolamento.
Países do Caribe tentam equilibrar a saúde local com a dependência dos dólares de turistas, enquanto a região sofre a pior recessão em mais de meio século. Jamaica e República Dominicana, um dos primeiros países caribenhos a reabrir, registraram aumentos das taxas de infecção à medida que os visitantes começaram a chegar. As Bahamas fecharam novamente as fronteiras em julho, apenas três semanas depois de reabri-las em meio a um aumento dos casos.
“Não pode haver sustento sem vida”, disse o primeiro-ministro Timothy Harris, em entrevista. “Portanto, nossa prioridade é manter as pessoas de São Cristóvão e Nevis saudáveis.”
Harris e outros líderes caribenhos pedem que EUA e Europa adotem padrões globais, incluindo a instalação de estações de teste de coronavírus em aeroportos para que as pessoas se sintam seguras o suficiente para voltar aos aviões. São Cristóvão também investiu milhões na modernização de seu aeroporto para reduzir o risco de contágio, disse.