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Ilha formada por erupção pode gerar tsunami no Japão

Cientistas alertam que uma remota ilha pode se fragmentar e provocar um tsunami em região habitada por 2 mil pessoas

A ilha de Nishinoshima, no Japão: ilha foi formada recentemente por erupção vulcânica (Wikimedia Commons)

A ilha de Nishinoshima, no Japão: ilha foi formada recentemente por erupção vulcânica (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 09h12.

Tóquio - Cientistas japoneses alertam que uma remota ilha, formada recentemente por erupção vulcânica, poderia se fragmentar e provocar um tsunami em um arquipélago habitado por 2 mil pessoas, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

Trata-se da ilha de Nishinoshima, situada no oceano Pacífico a cerca de mil quilômetros ao sul de Tóquio, que teve sua área multiplicada por cinco no final de maio devido à lava solidificada de um vulcão que se encontra em erupção desde o final de novembro passado.

Antes da erupção, essa remota ilha tinha apenas 290 metros quadrados, enquanto sua atual superfície possui 1,4 quilômetros quadrados e continua se expandindo, principalmente por causa do acumulo de lava, segundo as últimas observações efetuadas de helicóptero.

A cada dia, o vulcão em questão lança 200 mil metros cúbicos de magma, segundo as estimativas de um grupo de cientistas do Instituto de Investigação de Terremotos de Tóquio.

De acordo com os cientistas, se esse ritmo se manter durante os próximos meses, alguma das novas ramificações da ilha formadas por lava solidificada "poderia afundar e gerar um tsunami", assinalou o o responsável pelo estudo, o professor de geologia vulcânica Fukashi Maeno.

Neste aspecto, o eventual tsunami poderia alcançar a ilha de Chichijima, habitada por mais de 2 mil pessoas e que aparece como a principal do arquipélago de Ogasawa, situado a cerca de 130 quilômetros ao leste de Nishinoshima, segundo uma simulação informática realizada pelos pesquisadores.

Diante deste risco evidente, Maeno destacou a necessidade de instalar barreiras anti-tsunami em torno da ilha, além de "acompanhamento contínuo de sua evolução".

A erupção do vulcão em questão, iniciada no dia 20 de novembro do ano passado, foi a primeira registrada no Japão em quatro décadas.

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