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Igreja não deve temer mudança, diz papa

"Deus não teme coisas novas. É por isso que ele está continuamente nos surpreendendo", disse o papa, em meio à revisão de temas como gays e divórcios


	Papa Francisco: o pontífice já disse querer uma Igreja mais misericordiosa e menos rígida
 (Vincenzo Pinto/AFP)

Papa Francisco: o pontífice já disse querer uma Igreja mais misericordiosa e menos rígida (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2014 às 09h52.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco encerrou neste domingo uma assembleia de bispos católicos que revelou as profundas divisões sobre como tratar homossexuais e pessoas divorciadas, dizendo que a Igreja não deve temer mudanças e novos desafios.

Franscisco, que já disse querer uma Igreja mais misericordiosa e menos rígida, fez seus comentários em um sermão para cerca de 70 mil pessoas na Praça de São Pedro, no cerimonial de encerramento do encontro de duas semanas, conhecido como sínodo.

As sessões do encontro terminaram na noite de sábado com um documento final que reverteu a aceitação histórica dos gays pela Igreja, um resultado que alguns progressistas vêem como um retrocesso para o papa Francisco.

Na missa, ele beatificou o Papa Paulo VI, que morreu em 1978. Com a beatificação, o pontífice mais conhecido pela conclusão das reformas do II Concílio do Vaticano e que consagrou a proibição da Igreja sobre a contracepção, ficou mais próximo da santificação.

Depois que um esboço do documento final do sínodo foi lançado na segunda-feira, os bispos conservadores prometeram alterar os termos sobre homossexuais, coabitação e novo casamento, dizendo que iriam criar confusão entre os fiéis e que ameaçavam prejudicar a família tradicional.

O papa Francisco dedicou a maior parte de seu sermão ao sínodo, que abordou temas como o homossexualismo, divórcio, novo casamento e casais do mesmo sexo, antes de um encontro definitivo em outubro, depois de discussões no nível local ao redor do mundo.

"Deus não teme coisas novas. É por isso que ele está continuamente nos surpreendendo, abrindo nossos corações e nos guiando em caminhos inesperados", disse o papa em seu sermão.

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