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Igreja deve estar aberta a doentes e aos sem-teto, diz papa

Desde sua eleição no ano passado, Francisco tem pedido aos padres para evitar confortos materiais e a ambição de subir na hierarquia clerical


	Papa Francisco: papa descreveu a igreja como "uma casa que abre as portas, um refúgio para pecadores, a casa para pessoas que vivem nas ruas, um lugar para cuidados amorosos aos doentes, um acampamento para os jovens, uma sala de aula."
 (Vincenzo Pinto/AFP)

Papa Francisco: papa descreveu a igreja como "uma casa que abre as portas, um refúgio para pecadores, a casa para pessoas que vivem nas ruas, um lugar para cuidados amorosos aos doentes, um acampamento para os jovens, uma sala de aula." (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 14h00.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco disse nesta quinta-feira, no início de quatro dias cheios de eventos até a comemoração da Páscoa, que as igrejas devem sempre ser um refúgio para os pobres, sem-teto e doentes.

Francisco, que desde sua eleição no ano passado tem pedido aos padres para evitar confortos materiais e a ambição de subir na hierarquia clerical, celebrou uma missa solene de Quinta-Feira Santa, dia em que o cristãos comemoram a fundação do sacerdócio por Jesus.

No esplendor da Basílica de São Pedro, o pontífice celebrou a "Missa do Crisma", durante a qual todos os padres renovam os votos assumidos em sua ordenação e ele abençoa os óleos a serem usados nos sacramentos ao longo do ano.

Na missa, atendida por cerca de 10 mil pessoas e acompanhada por um coro papal, Francisco proferiu um sermão sobre a necessidade dos padres viverem uma vida simples e frugal.

Ele descreveu a igreja como "uma casa que abre as portas, um refúgio para pecadores, a casa para pessoas que vivem nas ruas, um lugar para cuidados amorosos aos doentes, um acampamento para os jovens, uma sala de aula." A Quinta-Feira Santa comemora o dia em que os católicos acreditam que Jesus fundou o sacerdócio, na Última Ceia junto a seus apóstolos antes de ser traído e preso, na noite antes de sua crucificação.

Ainda nesta quinta, Francisco viajará a um centro de reabilitação nos arredores de Roma para celebrar uma missa em que lavará e beijará os pés de 12 pessoas doentes e aleijadas, para marcar o gesto de humildade feito por Jesus aos seus apóstolos na noite anterior a sua morte.

Os 12 têm idades entre 16 e 86 anos e incluem quatro mulheres e um muçulmano.

O papas anteriores sempre realizaram a cerimônia no Vaticano ou na Basílica de São João, em Roma, somente com 12 homens católicos, em geral padres.

Mas Francisco, continuando a tradição que começou quando era arcebispo de Buenos Aires, conduzirá a cerimônia em bairros periféricos com gente comum.

No ano passado, o ato aconteceu em uma prisão juvenil, onde lavou e beijou os pés de prisioneiros mulheres e muçulmanos.

Na Sexta-Feira Santa e Sábado Santo, Francisco lidera três missas antes do Domingo de Páscoa, quando ele profere sua benção e mensagem "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo).

No domingo, 27 de abril, Francisco vai canonizar o papa João Paulo 2º, cujo papado foi de 1978 a 2005, e o papa João Paulo 23, pontífice entre 1958 e 1963 e responsável pelo Segundo Concílio Vaticano, um marco na modernização da Igreja.

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