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Igreja critica relatório da ONU sobre abusos a crianças

A declaração foi um contra-ataque ao relatório do Comitê que denuncia abusos sexuais cometidos por sacerdotes católicos, publicado na quarta-feira


	Vaticano: porta-voz da Santa Sé criticou o que chamou de publicidade "absolutamente anômala" que comitê deu ao relatório e prometeu resposta mais completa
 (Tiziana Fabi/AFP)

Vaticano: porta-voz da Santa Sé criticou o que chamou de publicidade "absolutamente anômala" que comitê deu ao relatório e prometeu resposta mais completa (Tiziana Fabi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 16h15.

Cidade do Vaticano - O Vaticano declarou que o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) se afastou de suas atribuições e que desacredita as ações da própria ONU ao adotar posições preconceituosas de grupos anticatólicos.

A declaração foi um contra-ataque ao relatório do Comitê que denuncia abusos sexuais cometidos por sacerdotes católicos, publicado na quarta-feira.

As declarações foram feitas nesta sexta-feira pelo porta-voz da Santa Sé, Frederico Lombardi, na Rádio Vaticano. Lombardi disse que o comitê adotou posições preconceituosas "de grupos anticatólicos e que havia ignorado os esforços da Santa Sé para resolver a crise de abuso nos últimos anos".

O porta-voz criticou ainda o que chamou de publicidade "absolutamente anômala" que o comitê deu ao seu relatório e prometeu uma resposta mais completa nos próximos dias.

Na quarta-feira, o comitê da ONU acusou o Vaticano de sobrepor seus interesses aos das vítimas, permitindo que os sacerdotes abusem sexualmente e molestem dezenas de milhares de crianças por meio de suas próprias políticas e códigos de silêncio.

O comitê da ONU também fez severas críticas à Santa Sé por suas atitudes em relação ao homossexualismo, à contracepção e ao aborto e pediu que a igreja revise suas políticas para garantir os direitos das crianças e seu acesso à saúde.

Sobre as críticas à postura da Santa Sé nesses assuntos, Lombardi afirmou que a Comissão "parece ter ido além de sua competência e interferiu nas posições morais e doutrinais da Igreja Católica". Fonte: Associated Press.

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