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Igreja Católica termina Sínodo com abertura para divorciados

Apesar de aceitarem os divorciados, reunião dos bispos católicos romanos decidiu não aceitar pedidos de adoção de uma linguagem mais leve em relação aos gays


	Sínodo: os bispos decidiram aceitar o divórcio de pessoas que se casaram de novo em cerimônias civis
 (Joe Klamar/AFP)

Sínodo: os bispos decidiram aceitar o divórcio de pessoas que se casaram de novo em cerimônias civis (Joe Klamar/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2015 às 16h09.

Cidade do Vaticano -- Bispos católicos romanos concordaram no sábado em uma abertura restrita para divorciados que se casaram novamente fora da Igreja Católica, mas rejeitaram pedidos de adoção de uma linguagem mais acolhedora em relação aos homossexuais.

O resultado de um encontro de três semanas, no Vaticano, conhecido como sínodo e presidida pelo papa Francisco, marcou uma vitória para os conservadores na questão homossexual e para os progressistas sobre a espinhosa questão do novo casamento.

O documento final do sínodo reafirmou os ensinamentos da Igreja de que os gays não devem sofrer discriminação na sociedade, mas também repetiu a posição de que "não há qualquer fundamento" para o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que "não pode nem mesmo remotamente" ser comparado a uniões heterossexuais.

O documento indica que a assembleia decidiu evitar uma linguagem abertamente controversa e buscar o consenso, a fim de evitar impasse sobre os temas mais sensíveis, deixando para o papa lidar com os detalhes.

O sínodo é um órgão consultivo que não tem o poder de alterar a doutrina da Igreja. O papa, que é o árbitro final sobre qualquer alteração e que fez um apelo por uma Igreja mais misericordiosa e inclusiva, pode usar o material para escrever seu próprio documento, conhecido como um "exortação apostólica".

Divorciados

O documento do sínodo, por outro lado, ofereceu alguma esperança para a plena reintegração à Igreja de alguns católicos que se divorciaram e se casaram novamente em cerimônias civis.

Sob a doutrina atual da Igreja, eles que não podem receber a comunhão, a menos que se abstenham de ter relações sexuais com seu novo parceiro, porque seu primeiro casamento ainda é válido aos olhos da Igreja e eles são vistos como vivendo em pecado do adultério. A única maneira para que esses católicos possa casar novamente é se receberem a anulação -- decisão de que seu primeiro casamento nunca existiu em primeiro lugar por causa da falta de determinados pré-requisitos, como a maturidade psicológica ou livre arbítrio.

O documento fala de um chamado "foro interno", em que um sacerdote ou um bispo pode trabalhar com um católico que se divorciou e casou-se novamente para decidir conjuntamente, em particular e caso a caso, se ele ou ela pode ser totalmente reintegrados.

"Para que isso aconteça, as condições necessárias de humildade, discrição, amor à Igreja e seus ensinamentos devem ser garantidas em uma busca sincera da vontade de Deus", disse o documento.

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