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Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 13h00.
Sana - Um comitê governamental liderado pelo presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, anunciou nesta segunda-feira que o país se transformará em uma república federal integrada por seis regiões, quatro delas no norte e outras duas no sul, segundo os meios de comunicação estatais.
Este comitê foi criado pelo presidente iemenita após a conclusão do diálogo nacional no final de janeiro, e agora sua decisão será remitida à comissão constituinte para que a inclua na nova Carta Magna que será preparada.
Segundo a agência de notícias iemenita "Saba", Hadi fez o anúncio após presidir a última reunião desse comitê, que foi criado para determinar a forma do novo Estado Iemenita.
O sul do Iêmen estará integrado pelas regiões de Hadramut e Áden, a primeira composta pela província do mesmo nome e as de Al Mahra e Shabua, além do arquipélago das ilhas de Socotora, situado no oceano Índico.
A de Áden será formada pela província do mesmo nome e as de Abien, Lahch e Al Dalea, precisou a agência.
O norte será integrada por quatro regiões: a de Azal, composta por Rif Sana (arredores da capital), e as províncias de Amran, Saad e Zemar; a de Saba, composta por Al Yuf, Marib e Al Baida; a de Al Yend, por Taiz e Eb; e a de Tehama, por Al Hodeida, Rima, Al Mahuit e Heya.
Enquanto isso, a capital do país, Sana, foi transformada em "uma cidade unitária não submetida à autoridade de nenhuma região e terá medidas especiais na nova Constituição para garantir sua independência e neutralidade".
Além disso, o comitê outorgou ao principal porto do Iêmen, Áden, um status administrativo e econômico especial, com poderes legislativos e executivos independentes das regiões.
Está previsto que o comitê apresente o relatório definitivo à comissão encarregada de elaborar a nova Constituição para que estipulada.
Espera-se que Hadi designe entre hoje e amanhã aos membros da comissão constituinte.
O número de regiões do novo Estado iemenita era o ponto de divergência principal entre o norte e o sul do país nas conversas do diálogo nacional, que se prolongou por cerca de dez meses.
Os representantes do sul insistiram que o novo Estado fosse integrado só por duas regiões: o norte e o sul, delimitado pelas fronteiras que dividiam ambas as zonas antes da reunificação de 1990.
Os nortistas consideram que uma divisão desse tipo abriria as portas a uma eventual secessão do sul.