Mundo

Iêmen pode viver crise de fome se conflito continuar, diz ONU

Segundo o coordenador de assuntos humanitários da ONU no Iêmen, mais de 18 milhões de pessoas precisam de assistência sanitária e proteção

Iêmen: as organizações que trabalham na ajuda humanitária precisam de pelo menos US$ 2,1 bilhões para atender os necessitados (Khaled Abdullah/Reuters)

Iêmen: as organizações que trabalham na ajuda humanitária precisam de pelo menos US$ 2,1 bilhões para atender os necessitados (Khaled Abdullah/Reuters)

E

EFE

Publicado em 27 de março de 2017 às 13h57.

Última atualização em 27 de março de 2017 às 13h58.

Sana - A crise de fome será um "cenário real" no Iêmen se o conflito que afeta o país continuar, já que a guerra deixou 70% da população em situação de vulnerabilidade, disse nesta segunda-feira à Agência Efe o coordenador de assuntos humanitários da ONU em Sana, Jamie McGoldrick.

"A economia entrou em colapso e as instituições estatais não são capazes de fornecer os serviços básicos para a população, em particular nos setores de saúde e educação", disse McGoldrick.

Segundo o coordenador de assuntos humanitários da ONU no Iêmen, mais de 18 milhões de pessoas precisam de assistência sanitária e proteção. Do total calculado pela organização, 10,3 milhões de iemenitas precisam de ajuda de maneira emergencial.

McGoldrick disse que a violência e a insegurança obrigaram as famílias a fugir. Segundo o enviado das Nações Unidas, mais de 3 milhões de pessoas deixaram seus lares buscando proteção.

Além disso, segundo McGoldrick, as organizações que trabalham na ajuda humanitária no Iêmen precisam de pelo menos US$ 2,1 bilhões para atender todos os necessitados do país.

Ontem, milhares de pessoas foram às ruas do Iêmen para protestar contra a ofensiva da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, que completou dois anos. A ação generalizou o conflito, deixando milhares de mortos e levando o país à beira da crise de fome.

Nos dois anos, 4.773 civis morreram e outros 8.272 ficaram feridos, segundo a ONU, que admite que esses números são bastante inferiores à realidade.

Acompanhe tudo sobre:GuerrasONUIêmenFome

Mais de Mundo

Conversa entre Lula e Trump muda rumo da crise, mas cenário é imprevisível, dizem analistas

Meloni diz não se opor ao reconhecimento do Estado da Palestina, mas com condições

Macron diz que Trump só poderá ganhar Nobel da Paz se 'parar' guerra em Gaza

Trump quer reformular processo de vistos H-1B e atrair profissionais com maiores salários aos EUA