Militantes em Áden: rebeldes xiitas e aliados bombardearam uma área ao norte de Áden, no Iêmen, neste domingo (Saleh al-Obeidi/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2015 às 13h31.
Sanaa, Iêmen - Rebeldes xiitas e seus aliados bombardearam uma área ao norte de Áden, no Iêmen, neste domingo, matando pelo menos 45 pessoas e ferindo mais de 100, disseram autoridades do país.
Os militantes estão reagindo contra uma ofensiva de grupos rivais apoiados pela Arábia Saudita, que os expulsaram de áreas na cidade portuária, incluindo o aeroporto internacional de Áden, na semana passada.
Segundo as autoridades, centenas de moradores fugiram do distrito de Dar Saad, ao norte de Áden, em meio a bombardeios dos rebeldes, que se intensificaram a partir deste domingo. Ambulâncias foram enviadas para diversas áreas na cidade, levando os feridos a vários hospitais, incluindo alguns administrados pelo grupo de ajuda internacional Médicos Sem Fronteiras. Os oficiais falaram sob condição de anonimato, pois não estavam autorizados a conversar com jornalistas.
O bombardeio foi intenso no bairro de Sharqiya. "Foi um bombardeio após o outro desde a manhã. Estamos sentindo que a casa vai desabar sobre as nossas cabeças", disse Arwa Mohammed, moradora de Sharqiya, que se trancou em um quarto com a família de sete integrantes por segurança.
Ela disse que um barraco nas proximidades estava queimando por causa do bombardeio, mas que os moradores fugiram antes de o local ser atingido.
Hassan Boucenine, chefe da Médicos Sem Fronteiras no Iêmen, disse que a situação é "muito, muito difícil". Ele descreveu o bombardeio em Dar Saad como vindo do norte e do leste e ferindo em grande parte civis. As instalações médicas da organização receberam 50 feridos e 25 corpos.
Os combatentes apoiados pela Arábia Saudita, que tem seu avanço facilitado por ataques aéreos da coalizão liderada pelos sauditas, empurraram os rebeldes para fora do aeroporto de Áden e de dois bairros importantes na semana passada.
Os rebeldes prometeram retaliar. Áden tem sido palco de alguns dos combates terrestres mais intensos no país desde março. Fonte: Associated Press.