Soldado monta guarda no Iêmen: após sua morte, Shihri foi enterrado pela Al Qaeda em um local desconhecido, de acordo com as práticas seguidas por este grupo (Mohamed al-Sayaghi)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 17h16.
Sana - O "número dois" da organização terrorista Al Qaeda na Península Arábica, Said al Shihri, morreu no último mês de novembro pelos ferimentos sofridos em uma operação das forças de segurança iemenitas, informou nesta quinta-feira a máxima autoridade de segurança do Iêmen.
O Comitê Supremo de Segurança explicou que suas forças lançaram uma operação no dia 28 de novembro de 2012 em Saada, noroeste do país, na qual Shihri, de nacionalidade saudita, ficou ferido grave e posteriormente entrou em coma e morreu, segundo um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias "Saba".
Após sua morte, Shihri foi enterrado pela Al Qaeda em um local desconhecido, de acordo com as práticas seguidas por este grupo, indicou a fonte.
Shihri era o "número dois" da Al Qaeda na Península Arábica (considerada pelos EUA como a célula mais ativa e perigosa da organização) e o responsável pela direção dos terroristas de nacionalidade sauditas.
Segundo as autoridades iemenitas, Shihri, cujo verdadeiro nome era Abi Sufian al Asdi, era considerado como o verdadeiro líder da organização, comandada por seu emir, Nasser al Wahisi, assim como o principal responsável militar dos terroristas nos enfrentamentos com o exercito iemenita na província meridional de Abyan.
Além disso, Shihri tinha "um papel importante nas operações terroristas em nível local, regional e internacional", segundo o comitê.
No último dia 10 de setembro, as autoridades já tinham anunciado sua morte em uma operação em Hadramaut (sul), mas o próprio desmentiu essa informação em gravações sonoras divulgadas em foros islamitas.
No início de 2002, Shihri foi um dos primeiros prisioneiros a chegar à prisão americana de Guantánamo, após ser capturado na fronteira entre Paquistão e Afeganistão, mas foi libertado em 2008.
Dali, voltou à Arábia Saudita, onde fez parte de um dos programas de reinserção de jihadistas desse país e logo depois viajou ao Iêmen para unir-se às fileiras da Al Qaeda. EFE