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Idlib pode se tornar pior catástrofe humanitária do século XXI, diz ONU

A ONU informou há cerca de 100 civis, a maioria mulheres e crianças, para cada terrorista em Idlib, região que deve ser atacada pelo regime sírio

Guerra na Síria: mais de 350 mil pessoas já morreram no país desde 2011 (Spencer Platt/Getty Images)

Guerra na Síria: mais de 350 mil pessoas já morreram no país desde 2011 (Spencer Platt/Getty Images)

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AFP

Publicado em 10 de setembro de 2018 às 11h47.

A batalha de Idlib, última fortaleza rebelde na Síria, pode se tornar a "pior catástrofe humanitária" do século XXI, advertiu o subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários nesta segunda-feira.

"Tem que haver maneiras de resolver este problema sem que Idlib se torne a pior catástrofe humanitária, com a maior perda de vidas humanas no século XXI", disse Mark Lowcock em entrevista coletiva em Genebra, onde deve se reunir com representantes das agências de organizações humanitárias.

"Sabe-se que há muitos combatentes, incluindo terroristas de organizações proibidas, mas acho que há 100 civis, a maioria mulheres e crianças, para cada combatente em Idlib", acrescentou.

O enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, repetidamente pediu por "corredores de evacuação voluntários".

Cerca de 3 milhões de pessoas vivem na província, metade deslocadas de outras regiões da Síria.

Lowcock explicou que a ONU estava preparada para distribuir ajuda para cerca de 800 mil pessoas, das quais 100 mil poderiam ir para uma área controlada por Damasco e 700 mil para o interior da província de Idlib em um primeiro momento.

"O Programa Mundial de Alimentos enviou uma semana de ajuda alimentar para 850 mil pessoas", disse ele.

O regime de Damasco concentrou forças em torno de Idlib, bombardeando intensamente nos últimos dias.

O conflito na Síria deixou mais de 350.000 mortos desde março de 2011 e milhões de pessoas deslocadas.

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