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Identificadas em Madagascar duas novas espécies de lêmures

Como todos os seus primos, estes lêmures de Madagascar estão atualmente entre os primatas mais ameaçados do planeta

Microcebus marohita, uma das duas novas espécies de lêmure identificadas em Madagascar (AFP / Bellarmin Ramahefasoa)

Microcebus marohita, uma das duas novas espécies de lêmure identificadas em Madagascar (AFP / Bellarmin Ramahefasoa)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 07h36.

Paris - Biólogos alemães identificaram nas florestas de Madagascar duas novas espécies de lêmures do gênero Microcebus, que reúne as menores espécies de primatas do mundo e estão também entre as mais ameaçadas.

Os cientistas descobriram estes minúsculos primatas, que pesam menos de uma centena de gramas, durante visitas de campo realizadas em Madagascar em 2003 e 2007, explicou em um comunicado o Centro alemão de primatas.

Mas ainda será preciso fazer uma bateria de testes com o DNA materno e materno nas amostras coletadas para identificá-las formalmente como duas novas espécies diferentes, que tem seus nomes revelados em um estudo publicado esta terça-feira no periódico International Journal of Primatology.

São elas o 'Microcebus tanosi', com a cabeça vermelha e relativamente grande quando comparada com outros "lêmures ratos" do mesmo gênero, e o 'Microcebus marohita', de cauda longa e espessa e pés grandes.

Como todos os seus primos, estes lêmures de Madagascar estão atualmente entre os primatas mais ameaçados do planeta, em virtude da destruição de seu hábitat e da caça ilegal.


Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN, na sigla em inglês), Madagascar perdeu 11 milhões de hectares de florestas nos últimos 20 anos.

Em um relatório publicado no ano passado, o organismo destacou que o lêmure mais raro do mundo, o lêmure-esportivo-do-norte ('Lepilemur septentrionalis') não contava com mais de 19 espécimes vivos.

Em virtude de seu isolamento geográfico, a totalidade dos primatas de Madagascar é de espécies endêmicas, assim como 90% de suas plantas e 80% de seus anfíbios e répteis.

Os cientistas descobrem lá periodicamente novos animais, e o número de espécies de lêmures identificados mais que triplicou durante a última década.

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