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Identidades de vítimas holandesas em voo são reveladas

Apuração de corpos do voo da Malaysia Airlines que caiu ontem na Ucrânia avança aos poucos e vai dando nomes às 298 vítimas


	Homenagens para vítimas do voo MH17: 189 das vítimas eram holandesas
 (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Homenagens para vítimas do voo MH17: 189 das vítimas eram holandesas (Valentyn Ogirenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 14h11.

Haia/Bruxelas - A apuração de corpos do voo das linhas aéreas da Malásia que caiu ontem, quinta-feira, na Ucrânia oriental avança pouco a pouco e vai dando nomes e rostos às 298 vítimas do acidente, das quais 189 eram da Holanda.

Entre os holandeses que morreram no avião de Malaysia Airlines, derrubado por um míssil enquanto sobrevoava a mais de 30 mil metros de altitude em uma zona de confronto entre as forças de segurança ucranianas e os separatistas pró-Rússia, havia personalidades conhecidas na vida política e acadêmica da Holanda.

Entre elas está o senador do partido Trabalhista (Pvda), Willem Witteveen, informou hoje o Senado do país.

Outra vítima morta foi o especialista em Aids Joep Lange, que ia à conferência sobre aids 2014 que começa neste fim de semana em Melbourne (Austrália), além de cerca de 100 outros pesquisadores de destaque do tema, informou a televisão pública holandesa "NOS".

Outros veículos de imprensa informaram que no avião também viajava um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Menos conhecidos fora das fronteiras, mas queridos e reconhecidos em seu círculo mais próximo são os proprietários dos restaurantes Asian Glorifiques e Dim Daily na cidade de Roterdã, segundo confirmou a imprensa local.

Dado ao início do verão, entre as vítimas havia várias famílias que tirariam férias em destinos distantes.

Entre elas, estão duas famílias da cidade de Hilversum, próxima a Amsterdã e outra composta por dois filhos e seus pais, que eram vereadores da cidade de Cuijk, ao leste do país.

Uma mãe com seus três filhos, da cidade de Naarden, morreram no acidente, que se acredita ter sido causado por um míssil.

Outros tiveram mais sorte, como o casal com um bebê que escapou da tragédia porque decidiu não viajar em lugares separados.

Nour Azaani e seu marido, Barry Siim, cancelaram as passagens de embarque no voo abatido, onde a agência de viagens havia incluído somente Azaani e o bebê de três meses, já que queriam viajar todos juntos, segundo a imprensa holandesa.

O desastre também afetou a vizinha Bélgica, já que cinco belgas voavam da capital holandesa até Kuala Lumpur.

Em Bruxelas, o Ministério das Relações Exteriores informou que entre as vítimas belgas há um cidadão de Namur, outros dois de Antuérpia, um quarto de Wetteren e outro belga que residia na Austrália.

O ministro de Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders, informou que uma equipe de analistas do país da unidade de identificação de vítimas em situação de desastres já se dirigiu ao aeroporto de Amsterdam Schiphol.

"Estamos em contato com as famílias das vítimas", disse Reynders, que disse que a apuração das vítimas ainda não terminou, pois ainda há alguns corpos sem identificar.

O titular também disse que as vítimas "estão sendo levadas às cidades ucranianas orientais de Donetsk e Kharkiv", e acrescentou que muito em breve as famílias belgas poderão ir para a Ucrânia, embora não tenha detalhado a data em que seus concidadãos serão repatriados.

Ainda falta verificar a nacionalidade de três passageiros e segundo os últimos dados atualizados de Malaysia Airlines no avião acidentado viajavam 189 holandeses, 44 malaios (incluindo a tripulação), 27 australianos, 12 indonésios, nove britânicos, quatro alemães, cinco belgas, três filipinos, um neozelandês e um canadense.

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