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Ideia de transição na Síria é "ilusão", diz ministro do Irã

O plano pede um cessar-fogo -- que tem sido amplamente ignorado pelos dois lados -- como primeira etapa de uma transição política para pôr fim à violência

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2012 às 11h27.

Beirute - A ideia de uma planejada transição de poder na Síria é uma "ilusão", disse o ministro de Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, neste domingo, numa entrevista à imprensa, na qual o chanceler sírio, Walid al-Moualem, expressou o compromisso do governo em Damasco com o plano de paz do mediador internacional, Kofi Annan.

"Imaginar ingênua e erradamente que se houver um vazio de poder na Síria, e se houver uma transição de poder na Síria, um outro governo simplesmente assumirá o poder, isso eu acho que é apenas um sonho", disse Salehi na entrevista, tendo ao lado Moualem. "É uma ilusão. Nós temos de examinar com cuidado a Síria e o que está acontecendo dentro do país." Moualem afirmou que a Síria também está comprometida com o plano de seis pontos de Annan para pôr fim a 16 meses de violência, na qual 18 mil pessoas foram mortas.

O plano pede um cessar-fogo -- que tem sido amplamente ignorado pelos dois lados -- como primeira etapa de uma transição política para pôr fim à violência.

Além disso, estabelece a abertura de acesso para ajuda, a libertação de pessoas detidas arbitrariamente, liberdade de movimento para jornalistas e liberdade para manifestações pacíficas.

"Nós estamos comprometidos com o cumprimento integral do plano do sr. Annan porque consideramos que este plano é um plano razoável", declarou.

Moualem afirmou que a Síria tem capacidade para defender cada palmo de seu solo contra o que definiu como uma conspiração de grupos terroristas armados e que servem aos interesses de Israel.

"Eu garanto a vocês que o povo sírio é insistente, não apenas para confrontar esta conspiração, mas é insistente para sair vitorioso", disse Moualem. Ele não aparecia em público desde o atentado que matou quatro das principais autoridades do governo do presidente Bashar al-Asssad, duas semanas atrás.

"Hoje eu lhe digo que a Síria está mais forte... Há menos de uma semana eles foram derrotados e a sua batalha fracassou (em Damasco), por isso se dirigiram para Aleppo, e eu garanto a vocês que a conspiração deles vai fracassar", declarou o chanceler sírio.

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