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Ideia de divisão da zona do euro é absurda, diz BCE

"A mera ideia de dividir o euro em sul e norte é completamente absurda" afirmou Ewald Nowotny, membro do conselho diretor do Banco Central Europeu

Representante do BCE acha absurdo separar países da periferia da zona do euro, como a Irlanda (Peter Muhly/AFP)

Representante do BCE acha absurdo separar países da periferia da zona do euro, como a Irlanda (Peter Muhly/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 11h11.

Frankfurt - O membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE) Ewald Nowotny descartou hoje uma divisão da zona do euro em países bons e ruins. A autoridade também disse que os países europeus prejudicados pela crise de dívida soberana serão apoiados por ajuda da região apenas temporariamente e precisam resolver os problemas sozinhos, por meio de cortes nos gastos e reformas estruturais.

"A mera ideia de dividir o euro em sul e norte é completamente absurda", afirmou Nowotny, referindo-se aos chamados países da periferia - Espanha, Portugal, Grécia, Itália e Irlanda - que estão enfrentando altos déficits no orçamento e altos níveis de dívida estatal.

"Uma divisão seria desvantagem tanto para os países do sul como para os países do norte. A situação de dívida dos países do sul apenas se tornaria pior e para os estados do norte isso levaria a um enfraquecimento das dinâmicas de exportação", disse a autoridade do BCE, acrescentando que a maior parte dos governos debilitados já entrou em um caminho viável de recuperação fiscal no longo prazo.

Nowotny destacou que nenhum país da zona do euro pode contar com pacotes de ajuda europeia e suporte do BCE no longo prazo. "A Europa pode apenas oferecer ajuda temporária", disse. A autoridade observou também que o euro está sendo menos afetado pela crise de dívida soberana do que pensam muitas pessoas. A atual volatilidade da taxa de câmbio da moeda ainda está dentro de faixas históricas normais, afirmou. As informações são da Dow Jones.

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