Mundo

No Ibirapuera, 11% das árvores têm alto risco de queda

São Paulo - Na primeira curva da pista de cooper do Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, um eucalipto inclinado de 29 metros de altura oferece mais do que sombra aos corredores: oferece perigo. Infestado de cupins, com a copa pendendo para um lado, essa é a árvore com maior risco de […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h13.

São Paulo - Na primeira curva da pista de cooper do Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, um eucalipto inclinado de 29 metros de altura oferece mais do que sombra aos corredores: oferece perigo. Infestado de cupins, com a copa pendendo para um lado, essa é a árvore com maior risco de queda no parque, segundo levantamento inédito realizado pela Escola Superior de Agricultura (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP). O problema atinge 11% das 15.026 árvores do Ibirapuera.

O estudo, feito entre 2008 e 2009, é resultado do primeiro censo arbóreo do Ibirapuera, elaborado a pedido da Prefeitura. As descobertas foram classificadas como "preocupantes" pelos pesquisadores, sobretudo em relação ao número de árvores em situação precária (1.633). As árvores avariadas são mais vulneráveis a ataques de fungos e cupins e mais suscetíveis aos ventos e chuvas fortes. A localização dos exemplares danificados ou com inclinação superior a 30º também preocupa. São pontos movimentados do parque, que recebe até 130 mil visitantes diariamente.

A pior área é o bolsão de eucaliptos próximo ao Portão 9, onde há 201 árvores com alto risco de queda, ou 29,7% do total. Nesse local, existem árvores de até 30 metros de altura inclinadas nos dois sentidos, em direção à pista de caminhada, ou voltadas para a Avenida República do Líbano. No verão deste ano, 57 árvores caíram no parque.

"Não quer dizer que todas as árvores vão cair na próxima chuva, nem que não aguentam ventania. Indica que precisam de tratamento ou, em muitos casos, substituição", disse o pesquisador Demóstenes Ferreira da Silva, da Esalq, coordenador do censo. "Era esperado que houvesse árvores em má situação, mas assustou o número tão alto."

No censo, foram apontadas cerca de 300 árvores que necessitariam de remoção imediata. Até agora, porém, isso não foi feito - no ano passado, cerca de 70 árvores foram retiradas. Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, a supressão é feita de acordo com a gravidade e "potencial de risco emergencial" das árvores indicadas.

Segurança
De acordo com a administração do parque, a situação das árvores não é "emergencial" e o censo permite eleger prioridades. "A ferramenta serve para saber onde focar antes que problemas ocorram, mas vamos fazendo dentro de nossas capacidades", disse o administrador do Ibirapuera, Heraldo Guiaro. "Não significa que o parque seja inseguro. Pelo contrário: agora sabemos onde atuar." Guiaro afirma que já tomou providências em relação ao Portão 9, um dos pontos críticos, onde 18 árvores já foram substituídas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriacidades-brasileirasMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Mundo

França utiliza todos os recursos para bloquear acordo UE-Mercosul, diz ministro

Por que a economia da Índia se mantém firme em meio a riscos globais?

Banco Central da Argentina coloca cédula de 20 mil pesos em circulação

Brasil é vice-lider em competitividade digital na América Latina, mas está entre os 11 piores