A usina terá capacidade para gerar 11,2 mil megawatts (MW) e será a segunda maior hidrelétrica do Brasil (Paulo Jares/VEJA)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2011 às 11h44.
Brasília - Os técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) realizaram este mês aquela que pode ser a última vistoria antes de uma possível emissão de licença que autoriza a instalação definitiva das obras de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.
Segundo o presidente do Ibama, Curt Trennepohl, a vistoria foi feita entre os dias 12 e 14 de maio e o órgão agora aguarda o parecer dos técnicos que examinaram a região. Ele preferiu não citar uma data para a emissão da licença definitiva da obra.
A usina terá capacidade para gerar 11,2 mil megawatts (MW) e será a segunda maior hidrelétrica do Brasil, atrás apenas de Itaipu (14 mil MW), que é metade paraguaia. O projeto, porém, é contestado por comunidades indígenas da região e por ambientalistas e foi questionado por diversas vezes na Justiça.
No final de abril, o governo brasileiro enviou uma resposta à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre pedidos de suspensão do projeto.
O documento, que não teve o teor revelado, foi enviado após a CIDH ter pedido a suspensão da usina para a realização de consulta e estudos de impacto ambiental a comunidades indígenas. O governo brasileiro chegou a chamar de "precipitadas e injustificáveis" as solicitações para que o projeto da hidrelétrica fosse suspenso.
Nesta terça-feira, o presidente do Ibama afirmou que o documento produzido após a vistoria da semana passada será "o último relatório, se forem satisfeitas as condições" para o prosseguimento da obra.
Em 26 de janeiro, o Ibama liberou uma licença de instalação inicial do canteiro de obras de usina. O que o consórcio Norte Energia, responsável pelo projeto, busca agora é a autorização para construir todo o empreendimento.