Policial húngaro conversa com refugiados presos cruzando fronteira: de acordo com declarações de alguns juristas, as primeiras sentenças serão só condicionantess e ajudarão a expulsar o detido do país (Reuters / Dado Ruvic)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2015 às 14h00.
Budapeste - As autoridades húngaras iniciaram processos legais contra 45 pessoas por entrarem no país pela fronteira com a Sérvia ilegalmente e causarem danos na cerca ali instalada, o que desde esta terça-feira pode ser penalizado com até cinco anos de prisão, informou a agência "MTI".
György Bakondi, conselheiro do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse, sem dar dados concretos, que "a polícia adotou medidas relacionadas ao cruzamento ilegal da fronteira em 60 casos".
Segundo ele, a polícia "deteve 45 pessoas que entraram em território húngaro danificando a cerca" que o governo construiu na fronteira com a Sérvia para interromper a imigração, acrescentou.
As leis que entraram em vigor hoje preveem entre um e três anos de prisão pelo simples cruzamento ilegal da de fronteira, e caso seja realizada com armas ou danificando a cerca a pena de prisão pode chegar até os cinco anos.
Aparentemente, de acordo com declarações de alguns juristas, as primeiras sentenças serão só condicionantess e ajudarão a expulsar o detido do país.
Caso a mesma pessoa seja novamente detida tentando entrar no país, a prisão seria executada de forma imediata, segundo a televisão pública "M1".
A Hungria fechou ontem sua fronteira com a Sérvia, e também na cidade de Röszke, onde nas semanas anteriores dezenas de milhares de refugiados entraram no país centro-europeu.
Segundo o site "index", centenas de refugiados esperam do lado sérvio da cerca por uma chance de poder continuar sua viagem rumo a Alemanha, o destino preferido pela maioria dessas pessoas e famílias que buscam refúgio após fugirem dos conflitos em seus países.