Mundo

Human Rights critica "crueldade" da China em morte de Liu Xiaobo

Liu, de 61 anos, morreu nesta quinta-feira após passar quase nove anos na prisão

Liu Xiaobo: a diretora da organização para a China afirmou que a luta de Liu "seguirá viva" (Tyrone Siu/Reuters)

Liu Xiaobo: a diretora da organização para a China afirmou que a luta de Liu "seguirá viva" (Tyrone Siu/Reuters)

E

EFE

Publicado em 13 de julho de 2017 às 14h17.

Nova York - A organização Human Rights Watch (HRW) criticou nesta quinta-feira a "crueldade" demonstrada pelo governo chinês por causa da morte de Liu Xiaobo, ganhador do prêmio Nobel da Paz em 2010 pela persistente luta em prol da democratização da China.

Liu, de 61 anos, doente de câncer de fígado, morreu nesta quinta-feira em um hospital do norte da China, sob custódia policial, onde havia sido internado recentemente após passar quase nove anos na prisão.

"A última vez que um Nobel da Paz morreu sob custódia estatal foi em 1938, quando o pacifista Carl von Ossietzky morreu de tuberculose enquanto estava à disposição das autoridades em um hospital da Alemanha nazista", afirmou HRW em um comunicado.

A morte de Liu Xiaobo "revela a crueldade do governo da China com os defensores pacíficos dos direitos humanos e da democracia", acrescentou a organização sediada em Nova York. As autoridades chinesas não tinham permitido a busca de ajuda médica no exterior para o tratamento do câncer.

"Inclusive quando a doença de Liu Xiaobo se agravou, o governo chinês continuou a isolar o paciente e sua família, e o negou a possibilidade de escolher livremente o tratamento medicinal médico", afirmou a diretora da organização para a China, Sophie Richardson.

"Ainda que o governo chinês tenha atuado com arrogância, crueldade e insensibilidade estremecedoras, a luta de Liu por uma China democrática onde os direitos sejam respeitados seguirá viva", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:ChinaDireitos HumanosMortesONGsPrêmio Nobel

Mais de Mundo

Irã diz que contatos com EUA para negociação nuclear 'não fazem sentido' após ataques de Israel

Israel ameaça caso ataques do Irã continuem: 'Teerã vai arder'

Sobe para 279 o número de mortos em acidente com Boeing 787 na Índia

Trump completa 79 anos e comandará desfile militar em meio a protestos nos EUA