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Huawei diz que EUA coagem seus funcionários a vazar informações da empresa

Em comunicado, a empresa informou que funcionários e parceiros da Huawei foram submetidos a buscas, detenções e prisões ilegais

Huawei: empresa é uma das maiores fabricante de smartphones do mundo (Tyrone Siu/File Photo/Reuters)

Huawei: empresa é uma das maiores fabricante de smartphones do mundo (Tyrone Siu/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de setembro de 2019 às 12h09.

Última atualização em 4 de setembro de 2019 às 12h10.

Bruxelas - A Huawei disse nesta terça-feira que o governo dos Estados Unidos instruiu as forças da lei a "coagir" e "convencer" seus funcionários a se voltarem contra a empresa, à medida que aumenta sua resistência a uma campanha norte-americana que poderia ameaçar sua sobrevivência.

A Huawei fez suas afirmações em um comunicado à imprensa na terça-feira e em um documento sem data visto pela Reuters.

Em meio a uma guerra comercial com a China, Washington colocou a segunda maior fabricante de smartphones do mundo em uma lista de entidades em maio, cortando seu acesso a componentes e tecnologias essenciais dos EUA, em particular aplicativos e serviços do Google para dispositivos Android.

A Huawei disse na terça-feira que o governo dos EUA está usando seus poderes judiciais e administrativos, além de outros meios para prejudicar seus negócios e os de seus parceiros.

Um porta-voz do Departamento de Justiça disse que, embora eles não comentem investigações específicas, "em todos os assuntos, nossas técnicas de investigação cumprem a lei e todos os objetos das investigações desfrutam dos mesmos direitos ao devido processo garantido por nossa Constituição e salvaguardados por um judiciário independente."

A Huawei disse em comunicado público que funcionários e parceiros da Huawei foram submetidos a buscas, detenções e prisões ilegais, enquanto alguns funcionários foram visitados por agentes do FBI em suas casas e pressionados a coletar informações sobre a empresa.

Segundo o documento da Huawei, oito funcionários, vários deles cidadãos dos EUA, estavam envolvidos nos incidentes. Todos eles são executivos de médio a alto nível. O último incidente aconteceu em 28 de agosto, quando um funcionário do escritório da Huawei nos EUA informou a empresa de uma visita do FBI pedindo que a pessoa fosse um informante.

Falando em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, encaminhou perguntas específicas à declaração da Huawei, mas disse que a China se opôs aos movimentos dos EUA para atingir uma empresa específica sem fornecer nenhuma evidência.

"Esse tipo de comportamento não é apenas vergonhoso, mas também imoral", disse Geng, acrescentando que os Estados Unidos devem interromper sua pressão "irracional" sobre as empresas chinesas e criar um ambiente não discriminatório para suas operações.

A Huawei não forneceu nenhuma evidência para suas acusações, dizendo que seus funcionários as denunciaram à empresa. A Reuters não pôde confirmar independentemente as informações fornecidas pela Huawei.

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