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HRW: Síria coloca minas nas fronteiras com Líbano e Turquia

Essas são as principais vias utilizadas pelos refugiados para escapar da violência, segundo a ONG Human Rights Watch

Mais de 7,5 mil pessoas, muitas delas mulheres e crianças, morreram na Síria desde o início das revoltas contra o regime de Bashar al-Assad, há um ano, segundo a ONU (Joseph Eid/AFP)

Mais de 7,5 mil pessoas, muitas delas mulheres e crianças, morreram na Síria desde o início das revoltas contra o regime de Bashar al-Assad, há um ano, segundo a ONU (Joseph Eid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 10h25.

Redação Central - O regime sírio instalou minas terrestres junto a suas fronteiras com o Líbano e a Turquia, as principais vias utilizadas pelos refugiados para escapar da violência, revelou nesta terça-feira a ONG Human Rights Watch (HRW).

As minas, que já deixaram vários civis feridos, foram colocadas nas últimas semanas e meses, segundo um comunicado divulgado pela organização pró direitos humanos, que cita diversas testemunhas e especialistas sírios em desarmar estes explosivos.

Este tipo de armamento, afirma a ONG em seu site, é 'militarmente ineficaz' e 'mata e fere civis' majoritariamente.

Mais de 7,5 mil pessoas, muitas delas mulheres e crianças, morreram na Síria desde o início das revoltas contra o regime de Bashar al-Assad, há um ano, segundo a ONU, cujo esforço mediador não conseguiu, até o momento, deter a espiral de violência no país.

Segundo a ONG, as minas de origem russa devem ser desinstaladas por especialistas em colaboração com a oposição.

'Qualquer uso de minas é imoral e injusto', afirma Steve Goose, diretor da divisão de armamento da HRW, para quem é 'absolutamente injustificável o uso indiscriminado destas armas por qualquer país, em qualquer lugar e sob qualquer motivo'.

Segundo a HRW, a Síria é o quarto Governo do mundo que usou minas desde janeiro de 2011, atrás de Israel, Mianmar e Líbia. 

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