Cairo: a área estava vazia, por isso que o ataque não causou vítimas, somente deixando vidros quebrados (Amr Abdallah Dalsh / Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2016 às 10h48.
Cairo - Vários jovens jogaram rojões e dispararam balas de chumbo contra os policiais postados em um hotel da rede espanhola Barceló, perto das Pirâmides de Gizé, no sudoeste do Cairo, sem causar vítimas, informaram à Agência Efe fontes de segurança e do estabelecimento.
Os agressores atacaram o Barceló Cairo Pyramids, também conhecido como Três Pirâmides, na rua Al Haram do distrito de Gizé, bem como os veículos estacionados na entrada.
O gerente do hotel, Sherif Mohammed, explicou à Efe que um grupo de entre dez e 15 adolescentes chegaram correndo por uma rua atrás do hotel e tentaram "causar distúrbios".
Mohammed disse que não acredita que se trate de um ataque terrorista, mas de vandalismo.
O ataque quebrou os vidros da porta de acesso ao prédio e de um ônibus, segundo as fontes e o Ministério do Interior.
Em um ônibus estacionado na porta estavam dois turistas árabe-israelenses, que não sofreram ferimentos e que pertenciam a um grupo que nesse momento deixava o hotel, acrescentou o responsável do Barceló Cairo Pyramids.
O ministério explicou em comunicado que 15 pessoas se concentraram em frente ao hotel e jogaram rojões contra os policiais que estavam no local.
Quando os agentes tentaram dispersar o grupo, um homem disparou contra os policiais, que perseguiram os atacantes em seguida.
As forças de segurança conseguiram deter um deles e estão tentando identificar os demais, acrescentou a nota do Interior, que em nenhum momento falou de ataque terrorista.
O hotel, de quatro estrelas, fica no distrito de Gizé, perto das pirâmides, uma região na qual já não aparecem muitos turistas como antes, devido à queda das visitas ao Egito por causa da instabilidade vivida no país.
A rede Barceló tem dois hotéis no Egito, o do Cairo e um na cidade turística de Sharm el-Sheikh, no sul da Península do Sinai.
Os ataques terroristas aumentaram no Egito desde o golpe militar de julho de 2013 que derrubou o então presidente islamita Mohammed Mursi e têm normalmente como alvo as forças de segurança.
Texto atualizado às 11h48.