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Hospital oferece a homens chance de sentir dores do parto

Duas vezes por semana, são realizadas sessões gratuitas em uma maternidade de Aima, na província de Shandong, e cerca de 100 homens se inscreveram


	Gravidez: almofadas ligadas a um dispositivo são colocadas acima do abdômen e dão choques que induzem dores
 (©AFP/Archives / Jean Ayissi)

Gravidez: almofadas ligadas a um dispositivo são colocadas acima do abdômen e dão choques que induzem dores (©AFP/Archives / Jean Ayissi)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 10h59.

Jinan - Um hospital do leste da China está oferecendo a futuros pais a chance de experimentar as dores do parto, depois que várias mães se queixaram da falta de solidariedade de seus parceiros.

Duas vezes por semana, são realizadas sessões gratuitas em uma maternidade de Aima, na província de Shandong, e cerca de 100 homens se inscreveram para ser torturados. A maioria aguarda ansiosamente a paternidade, mas há aventureiros entre os voluntários das “sessões de tira-gosto”.

Nas simulações, almofadas ligadas a um dispositivo são colocadas acima do abdômen e dão choques que induzem dores. As cobais se retorcem de agonia durante até cinco minutos enquanto uma enfermeira aumenta a intensidade gradualmente em uma escala de um a dez.

Song Siling, que está tentando ter um filho com a namorada, fechou os olhos e fez caretas enquanto a agulha no monitor dos eletrodos saltava.

“Parecia que meu coração e meus pulmões estavam sendo arrancados”, disse Song, que chegou ao nível sete antes de gesticular freneticamente para que a enfermeira desligasse o aparelho.

Outros se retiraram depois de alguns minutos por não suportarem a dor.

Apesar do constrangimento evidente, a enfermeira de plantão afirmou que as simulações jamais equivalem ao tormento de um verdadeiro parto.

“Mesmo assim, se os homens puderem experimentar esta dor, serão mais amorosos e cuidadosos com suas esposas”, disse Lou Dezhu.

Wu Jianlong, que aguentou o suplício até o nível dez, diz que a experiência mudou radicalmente sua visão sobre o parto.

“Como todas as mulheres têm filhos e normalmente leva bastante tempo, pensava que era algo natural, algo normal que elas conseguem aguentar”, afirmou.

Wu, cuja esposa está grávida de três meses, gritou de dor e cerrou os punhosantes de ceder e pedir à enfermeira que parasse.

Ao contrário do que acontece no Ocidente, é menos comum para os chineses estarem na sala de parto quando suas mulheres dão à luz. Alguns hospitais públicos nem permitem a sua entrada, mesmo que eles queiram.  

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