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Hospitais lotam e Cidade do México suspende atividades não essenciais

Taxa de ocupação de mais de 80% nos hospitais e aglomerações de final de ano fazem governo decretar quarentena; queda do PIB deve chegar a 9% em 2020

Alta taxa de ocupação de leitos faz governo mexicano suspender todas atividades não essenciais na capital (Gerardo Vieyra/Getty Images)

Alta taxa de ocupação de leitos faz governo mexicano suspender todas atividades não essenciais na capital (Gerardo Vieyra/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 20 de dezembro de 2020 às 14h15.

Com 80% dos leitos hospitalares ocupados, a capital do México decidiu suspender todas as atividades não essenciais. A grande maioria das lojas precisou fechar. Locais de entretenimento também estão proibidos de funcionar, assim como restaurantes e bares. O governo também impôs restrições ao deslocamento de moradores de cidades próximas à capital. As medidas devem se estender até o dia 10 de janeiro.

Até o final da semana passada, o México registrava 1,3 milhão de casos e 116.500 mortes. Cerca de um quinto das mortes ocorreu na Cidade do México. Na capital e redondezas, vivem cerca de 20 milhões de pessoas.

O governo mexicano ordenou que toda a região entre em uma fase mais aguda de combate ao coronavírus, com o fechamento de boa parte do comércio, atividades de lazer e academias de ginástica.

Nas últimas semanas, muitos mexicanos resolveram ir às compras. Houve aglomerações no comércio de rua e nos bairros que concentram o maior número de lojas. Muitos moradores não respeitaram o distanciamento social e o uso obrigatório de máscara.

A economia do México vinha caminhando para uma recuperação. No último trimestre, o crescimento do PIB foi de 12,1% em relação ao trimestre anterior, o melhor resultado das últimas três décadas no período. A expansão econômica foi puxada pelo setor industrial, com uma alta de 21,7% no último trimestre. O mercado de serviços expandiu 8,8% e a agropecuária, 8%.

No último trimestre do ano, a expectativa é que o crescimento seja bem menor, de 0,9%, com uma queda do PIB de mais de 9% em 2020. A nova onda do coronavírus coloca ainda mais pressão sobre a atividade econômica.

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