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Hong Kong tem protestos contra decreto migratório de Trump

Em cartazes, o novo presidente dos EUA era chamado de "racista, sexista, fascista, homofóbico e islamofóbico"

Manifestantes protestam em Hong Kong contra veto imigratório de Trump em 01/02/2017 (Bobby Yip/Reuters)

Manifestantes protestam em Hong Kong contra veto imigratório de Trump em 01/02/2017 (Bobby Yip/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 08h50.

Pequim - Um grupo de políticos, ativistas e representantes de grupos religiosos de Hong Kong protestou nesta quarta-feira em frente ao consulado dos Estados Unidos na cidade contra a recente medida assinada pelo presidente Donald Trump de vetar a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

Um famoso ativista local, Leung Kwok-hung, comandou o protesto, organizado pela Liga de Social-Democratas, partido presidido por ele, pela Diocese Católica de Hong Kong e pelo sindicato dos trabalhadores imigrantes da cidade.

Os cerca de cem manifestantes, entre eles alguns muçulmanos, levavam cartazes com palavras de ordem e cantavam lemas como "Abaixo Donald Trump".

"Milhões de imigrantes fizeram os EUA grandiosos no passado, mas agora Trump os vê como uma ameaça à segurança, como pessoas ilegais, como animais que têm que ser retirados de seu território", condenou um manifesto lido por uma das participantes do protesto.

"Trump esquece que os EUA não seriam nada sem os imigrantes, que nenhum país pode crescer sem um entorno global, como faz Hong Kong", completou a porta-voz do grupo.

Uma representante do consulado atendeu os manifestantes e recebeu um documento no qual eles faziam reivindicações. A polícia de Hong Kong pediu que o grupo se dispersasse porque eles não tinham pedido permissão para realizar o protesto.

Os manifestantes também mostravam fotos de Trump, nas quais o novo presidente dos EUA era chamado de "racista, sexista, fascista, homofóbico e islamofóbico".

Desde que assumiu o poder, Trump gerou uma série de polêmicas, e os protestos contra suas primeiras decisões se estenderam tanto dentro como fora dos EUA.

Hong Kong, que tem uma importante comunidade muçulmana procedente de outras antigas colônias britânicas como a Malásia e a Índia, também viveu tensões entre locais e imigrantes nos últimos anos, embora os protestos tenham focado mais na chegada de cidadãos chineses à cidade.

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