Mundo

Hong Kong recolhe 93 toneladas de óleo após vazamento no mar

Material é semelhante a espuma rígida, resultante de um dos piores desastres ambientais a contaminarem as águas do território

Governo interditou 13 praias desde domingo, um dia depois de dizer ter sido informado do vazamento pelas autoridades chinesas (Bobby Yip/Reuters)

Governo interditou 13 praias desde domingo, um dia depois de dizer ter sido informado do vazamento pelas autoridades chinesas (Bobby Yip/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 10h54.

Hong Kong - Hong Kong intensificou nesta quarta-feira seus esforços para limpar um enorme vazamento de óleo de palma, e as autoridades recolheram mais de 93 toneladas de fragmentos mal-cheirosos de um material semelhante a espuma rígida resultantes de um dos piores desastres ambientais a contaminarem as águas do território.

Peixes mortos, conchas, pedras, garrafas plásticas e outros detritos ainda podiam ser encontrados cobertos de glóbulos de óleo de palma nas praias do território controlado pela China seis dias depois do vazamento provocado pela colisão de duas embarcações no estuário do Rio das Pérolas.

O governo disse que coletou 93 toneladas de restos de óleo, a maioria coagulado, e que a quantidade ainda flutuando na superfície do mar diminuiu consideravelmente.

Trechos de algumas das praias mais populares de Hong Kong ainda estavam repletos de fragmentos brancos gelatinosos de óleo de palma nesta quarta-feira, e do fedor que os acompanha.

O vazamento provocou revolta em alguns moradores e ambientalistas e ocorreu só um ano depois de montanhas de lixo surgirem nas praias de Hong Kong com etiquetas e pacotes indicando que a maior parte vinha da China continental.

O governo interditou 13 praias desde domingo, um dia depois de dizer ter sido informado do vazamento pelas autoridades chinesas. O Departamento Marinho confirmou que a colisão aconteceu na quinta-feira.

Grupos ambientalistas afirmaram que, por sua dimensão, o vazamento pode causar danos ecológicos graves, mas o governo disse que testes preliminares mostraram poucos rastros de óleo nas áreas afetadas.

Samantha Lee, diretora de conservação da World Wildlife Fund (WWF) em Hong Kong, disse que mil toneladas de óleo de palma, de um total de nove mil, vazaram nas águas depois que as embarcações se chocaram.

O impacto sobre a vida marinha do território, que inclui os golfinhos brancos chineses, uma espécie ameaçada também conhecida como golfinho rosa, não estava claro de imediato.

Dezenas de trabalhadores se espalharam para recolher os restos de óleo, e mais de 100 sacos pretos repletos do produto se empilhavam na manhã desta quarta-feira para serem recolhidos por caminhões.

Uma cena semelhante foi vista na vizinha Ilha Lamma, onde autoridades e moradores também limparam toneladas de óleo.

O acidente ocorreu no auge do verão local, quando as praias e ilhas circundantes estão repletas de visitantes de ocasião, praticantes de camping e pessoas em férias, especialmente nos finais de semana.

Acompanhe tudo sobre:Hong KongMeio ambiente

Mais de Mundo

Leis firmes, manejo de resíduos e acesso à água: as metas ambientais da América Latina

Nova York usará pílulas anticoncepcionais contra infestação de ratos

Taiwan fecha escolas e faz evacuações por aproximação do tufão Krathon

Quem são os houthis? Conheça grupo do Iêmen apoiado pelo Irã e que faz ataques a Israel