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Hong Kong questiona contribuição britânica à democracia

Líder afirmou que a população local nunca pôde decidir quem os governaria quando a Grã-Bretanha estava no controle


	Marcha pela democracia em Hong Kong: protestos se iniciaram por decisão anti-democrática da China
 (Bobby Yip/Reuters)

Marcha pela democracia em Hong Kong: protestos se iniciaram por decisão anti-democrática da China (Bobby Yip/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 10h34.

Hong Kong - Hong Kong rebateu nesta quinta-feira comentários do último governador britânico da ex-colônia, que pediu que a China honrasse suas promessas com a cidade, dizendo que a população local nunca pôde decidir quem os governaria quando a Grã-Bretanha estava no controle.

Os comentários aconteceram um dia após Chris Patten, último governador britânico de Hong Kong, que chorou durante a cerimônia de transferência para a China em 1997, ter dito que a Grã-Bretanha tinha uma obrigação moral e política de garantir que Pequim respeitasse seus compromissos com o centro financeiro asiático.

O ex-território britânico está passando por uma onda de protestos após Pequim, no domingo, ter descartado eleições totalmente democráticas em 2017, gerando protestos de manifestantes pró-democracia.

“Primeiramente, antes da volta de Hong Kong à China continental, todos os governadores de Hong Kong não foram eleitos pelo povo de Hong Kong”, disse em comunicado o porta-voz do líder local, Leung Chun-ying. “Em segundo lugar, a Declaração Conjunta Sino-Britânica não contempla o sufrágio universal de nenhuma forma”, acrescentou, referindo-se ao acordo assinado em 1984 que estabeleceu os termos para a transferência de soberania.

A Grã-Bretanha nunca mencionou a democracia para Hong Kong até os últimos dias do governo colonial de 150 anos.

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