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Hong Kong cancela voos, fecha bares e restaurantes devido à ômicron

Medida vale a partir desta sexta, dia 7; salões de beleza e academias também deverão suspender atividades por duas semanas para conter avanço da variante

Hong Kong cancela voos e manda fechar restaurantes e bares por avanço do coronavírus (Ivan Abreu/Bloomberg)

Hong Kong cancela voos e manda fechar restaurantes e bares por avanço do coronavírus (Ivan Abreu/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 14h46.

Última atualização em 5 de janeiro de 2022 às 14h50.

Hong Kong está impondo novas medidas de restrição contra a Covid-19 pela primeira vez em quase um ano, à medida que a variante ômicron ameaça provocar uma nova onda.

A cidade vai proibir jantares depois das 18h, com fechamento de alguns locais incluindo bares e academias, além de cancelar eventos de grande escala e interromper todos os voos de oito países, disse a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, em coletiva nesta quarta-feira. As novas regras retomam restrições que existiam há um ano e foram flexibilizadas após o Ano Novo Chinês em 2021, quando as infecções estavam diminuindo.

Os oito países de onde nenhuma pessoa ou vôo poderá chegar nas próximas duas semanas são Austrália, Canadá, França, Índia, Paquistão, Filipinas, Reino Unido e Estados Unidos, lugares com a pior propagação da ômicron atualmente, disse Lam.

A restrição vem após o centro financeiro asiático relatar esta semana o primeiro caso local de coronavírus que as autoridades não conseguiram rastrear a origem. Acredita-se que o paciente, um homem não vacinado que desenvolveu sintomas antes de ser diagnosticado, carrega a variante ômicron que desencadeou uma disseminação exponencial de Covid-19 por todo o mundo.

O governo está agindo rapidamente em um esforço para evitar que isso aconteça em Hong Kong, que é especialmente vulnerável devido às baixas taxas de vacinação.

Hong Kong é um dos únicos lugares do mundo que não experimentou um surto da delta. Manteve uma política de Covid Zero, projetada para eliminar todos os vestígios do vírus dentro de suas fronteiras. A chegada da ômicron, que desencadeou a primeira transmissão local em quase sete meses, está testando os limites.

Hong Kong tem um dos mais baixos níveis de vacinação entre as economias desenvolvidas, especialmente entre os idosos. E dos 62% que foram vacinados com duas doses, muitos receberam uma dose menos potente feita pela chinesa Sinovac Biotech. Apenas 22% da população com mais de 80 anos está vacinada.

O número crescente de casos de ômicron e uma iminente ampliação da vacinação obrigatória impulsionou a imunização estagnada da cidade. Cerca de 18.000 primeiras doses foram aplicadas na terça-feira, máxima em quatro meses e quase o quádruplo visto na semana anterior.

Ameaça grave

As autoridades de Hong Kong estão levando a ameaça a sério, apesar do número limitado de casos encontrados até agora. A maioria foi associada a algumas infecções entre a tripulação da Cathay Pacific Airways, que teve permissão para entrar na cidade no final de 2021 sem passar um tempo em quarentena oficial.

As medidas mais recentes - mais decisivas, direcionadas e abrangentes em dois anos - têm como objetivo interromper rapidamente os ciclos de transmissão, disse Lam.

Além de bares e academias, outros locais a serem fechados por pelo menos duas semanas a partir de 7 de janeiro incluem centros de diversões, balneários, salões de festas, salões de beleza e massagem, boates, karaokê e piscinas.

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