Mãos dadas: o líder do partido democrata D66 Alexander Pechtold e seu colega Wouter Koolmees chegaram de mãos dadas ao Parlamento em Haia na segunda-feira de manhã (foto/Getty Images)
AFP
Publicado em 6 de abril de 2017 às 18h38.
Homens, políticos, agentes de polícia e diplomatas holandeses passeiam de mãos dadas esta semana pelas ruas de várias cidades do mundo em apoio aos gays, após uma agressão violenta a um casal homossexual na Holanda.
Muitas fotos de homens de mãos dadas na Holanda, em Londres e Nova York circulam pelas redes sociais com a hashtag #allemannenhandinhand (todos os homens de mãos dadas).
Jasper Vernes-Sewratan, de 35 anos, e Ronnie Sewratan-Vernes, de 31, foram agredidos quando voltavam para casa a pé e de mãos dadas no domingo de madrugada em Arnhem, leste do país.
Armados com alicates, os agressores arrancaram quatro dentes de um deles, que também ficou com um corte no lábio.
O caso comoveu o país, o primeiro do mundo a legalizar o casamento gay, em 2001. Como um gesto de solidariedade, a jornalista Barbara Berend pediu aos homens que passeassem de mãos dadas.
O líder do partido democrata D66 Alexander Pechtold e seu colega Wouter Koolmees chegaram de mãos dadas ao Parlamento em Haia na segunda-feira de manhã.
Desde então, este gesto simbólico foi repetido por homens holandeses no mundo inteiro. Na quarta-feira vários manifestantes percorreram as ruas de Amsterdã de mãos dadas e carregando guardas-chuvas com as cores do arco-íris.
Funcionários da embaixada holandesa em Londres e em Camberra publicaram no Twitter fotos de colegas de mãos dadas, assim como a delegação holandesa nas Nações Unidas, em Nova York.
O clube de futebol de primeira divisão Nijmegen se uniu a esta iniciativa publicando no Twitter uma foto do time todo de mãos dadas em frente ao estádio com a mensagem: "o N.E.C. dá as costas à violência contra os gays".