Pai e filho: entrevistados de Índia, Argentina e Indonésia foram os mais inclinados a dizer que os homens agora têm mais tarefas na criação dos filhos (thinkstock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 2 de maio de 2017 às 12h27.
Londres - A maioria das pessoas de países emergentes e economias desenvolvidas acredita que atualmente os homens estão mais envolvidos do que nunca na criação dos filhos, e muitas dizem que o papel das mulheres não deveria se limitar ao lar, indicou um estudo global divulgado nesta terça-feira.
Quase 70 por cento das pessoas creem que os homens têm "uma responsabilidade maior pela casa e pelo cuidado com os filhos" do que jamais tiveram, segundo um levantamento com 18.180 adultos de 22 países, entre eles Índia, Estados Unidos, Indonésia, Rússia, África do Sul, Turquia, México e Reino Unido.
Entrevistados de Índia, Argentina e Indonésia foram os mais inclinados a dizer que os homens agora têm mais tarefas na criação dos filhos, e os russos se mostraram os menos propensos a concordar.
A pesquisa online também descobriu que 37 por cento das pessoas acreditam que o papel das mulheres é ser "boas mães e esposas".
Os três países onde a maioria dos entrevistados concordou que o lugar das mulheres é em casa foram Indonésia (76 por cento), Rússia (69 por cento) e Índia (64 por cento).
"O mundo continua dividido sobre o papel das mulheres, mas a maioria não acha que elas deveriam ficar em casa e ter filhos", disse Claire Emes, diretora sênior do instituto Ipsos MORI, em um comunicado.
Equilibrar o trabalho e a família é o maior desafio impedindo a participação feminina na força de trabalho em economias desenvolvidas e emergentes, informou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um estudo recente.
No mundo todo, 70 por cento das mulheres e dois terços dos homens prefeririam que as primeiras tivessem empregos remunerados, revelou o estudo.
Um estudo do Fórum Econômico Mundial do ano passado mostrou que os esforços para diminuir as diferenças de gênero na participação na força de trabalho e no pagamento desaceleraram tão dramaticamente no último ano que homens e mulheres podem não atingir a igualdade econômica durante outros 170 anos.
As mulheres recebem em médio 77 por cento do que os homens ganham, de acordo com dados da OIT.