Mundo

Homens explodem igreja católica no Iêmen

Com gritos de "Allah Akbar" ("Deus é grande"), quatro homens mascarados invadiram o bairro residencial de Moualla onde destruíram a igreja com explosivos


	Ataque no Iêmen: a igreja, ao lado de um cemitério cristão, era um pequeno local de culto construído em 1950
 (Nasser Awad / Reuters)

Ataque no Iêmen: a igreja, ao lado de um cemitério cristão, era um pequeno local de culto construído em 1950 (Nasser Awad / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 13h20.

Homens armados explodiram nesta quarta-feira uma igreja católica em Áden, segunda maior cidade do Iêmen, onde jihadistas aumentaram sua presença, em meio à crescente insegurança, de acordo com fontes da segurança e testemunhas.

Com gritos de "Allah Akbar" ("Deus é grande"), quatro homens mascarados invadiram o bairro residencial de Moualla onde destruíram a igreja com explosivos, disseram as fontes.

O edifício foi reduzido a uma pilha de escombros, afirmaram os habitantes de Hafoun, área onde o ataque ocorreu.

A igreja, ao lado de um cemitério cristão, era um pequeno local de culto construído em 1950 durante o protetorado britânico e não era mais frequentado há, segundo os moradores.

O ataque não foi reivindicado, mas um oficial da polícia apontou para os jihadistas da Al-Qaeda ou do grupo Estado Islâmico (EI), que estariam se aproveitando da guerra civil e da ausência de Estado.

"Isso prenuncia a batalha que os (novos) governador e chefe da polícia de Aden terão de travar contra os grupos terroristas Daech (acrônimo em árabe do EI) e Al-Qaeda", afirmou o agente à AFP.

Ele estava se referindo ao sucessor do governador de Aden Jaafar Saad, morto no domingo em um ataque com carro-bomba, reivindicado pelo EI.

Em 16 de setembro, a Igreja São José, localizada em Crater, outro bairro de Aden, foi incendiada por homens mascarados.

A prática de religiões diferentes do islã tem diminuído de forma constante desde a unificação do Iêmen em 1990.

O destino de vários milhares de cristãos foi totalmente ocultado dada as tensões entre muçulmanos sunitas e xiitas, que compõem 99% da população.

Os cristãos no Iêmen são estrangeiros, refugiados ou residentes temporários, que se mantém muito discretos pelo medo de grupos jihadistas.

Aden foi até 1967 uma cidade-Estado administrada pelos britânicos, onde havia dezenas de igrejas, templos e sinagogas.

Acompanhe tudo sobre:ExplosõesIêmenIgreja CatólicaTerrorismo

Mais de Mundo

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação

Novas regras da China facilitam exportações no comércio eletrônico