Refinaria da estatal líbia de petróleo: a infraestrutura petrolífera está agora no centro de um conflito entre dois governos rivais e suas forças armadas (Gianluigi Guercia/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2015 às 14h49.
Trípoli - Atiradores não identificados atacaram o campo de petróleo Al Ghani, na Líbia, onde instalações petrolíferas estão cada vez mais sendo alvo de várias facções que disputam o controle do país.
Oito guardas foram mortos no ataque, disse um porta-voz da companhia nacional de petróleo nesta sexta-feira.
Fumaça foi vista no campo, segundo o funcionário, citando informações preliminares dos guardas no local.
A infraestrutura petrolífera está agora no centro de um conflito entre dois governos rivais e suas forças armadas, que estão lutando para assumir a Líbia, quatro anos após a guerra civil que depôs Muammar Gaddafi.
Os conflitos fecharam dois grandes terminais de exportação desde dezembro e diminuíram as exportações estatais de petróleo.
Militantes islâmicos também vêm ganhando terreno no conflito e foram responsabilizados por invadir dois campos petrolíferos, Bahi e Mabrouk, na Bacia de Sirte.
Outro campo, Dahra, também tem sido palco de confrontos entre militantes islâmicos e forças de segurança do petróleo.
A Líbia declarou força maior em 11 campos de petróleo em sua região central no início desta semana, após a suspensão da produção por causa da deterioração da segurança.
No mês passado, homens armados mataram 12 pessoas ao sul de Sirte, entre elas dois filipinos e dois cidadãos ganeses, depois de invadirem um campo petrolífero remoto.
A produção de petróleo da Líbia está atualmente em cerca de 400.000 barris por dia, menos da metade dos 1,6 milhão de barris produzidos antes do levante que derrubou Gaddafi.