Paris: agressor tinha documentos de identificação com o nome de Farid I., nascido na Argélia em janeiro de 1977 (Philippe Wojazer/Reuters)
AFP
Publicado em 7 de junho de 2017 às 09h35.
O homem que agrediu nesta terça-feira um policial diante da catedral de Notre-Dame, em Paris, jurou lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) em um vídeo encontrado em seu apartamento, informou uma fonte ligada à investigação.
O agressor, de 40 anos, está hospitalizado depois de ter sido ferido por tiros da polícia no momento em que avançou na direção de um agente com um martelo na mão.
Durante o ataque, ele gritou "isto é pela Síria" e afirmou ser "um soldado do califado", uma referência ao califado anunciado de modo unilateral em junho de 2014 pelo EI nas áreas que controlava no Iraque e na Síria.
O porta-voz do governo francês, Christophe Castaner, afirmou mais cedo que este foi um "ato isolado" cometido por um homem que não havia apresentado sinais de radicalização.
O agressor tinha documentos de identificação com o nome de Farid I., nascido na Argélia em janeiro de 1977. Ele preparava uma tese de doutorado desde 2014 na Universidade de Metz (leste da França), de acordo com a mesma fonte.
O orientador da tese, Arnaud Mercier, afirmou nesta quarta-feira à AFP que trata-se de um estudante "totalmente oposto" a um perfil jihadista e que defendia "os valores democráticos".
O ataque, no coração de Paris e em um dos principais pontos turísticos da capital francesa, aconteceu apenas três dias depois de um novo atentado no Reino Unido, que deixou sete mortos e 48 feridos.