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Homem que abriu fogo em mesquita disse querer "vingar" Notre-Dame

Homem de 84 anos, que será examinado por um psiquiatra, acredita que muçulmanos foram responsáveis pelo incêndio na Catedral de Notre-Dame

Investigações: ataque contra a mesquita não está sendo tratado como ação terrorista (OceanProd/Getty Images)

Investigações: ataque contra a mesquita não está sendo tratado como ação terrorista (OceanProd/Getty Images)

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EFE

Publicado em 29 de outubro de 2019 às 16h50.

Última atualização em 29 de outubro de 2019 às 17h48.

Paris — O homem de 84 anos preso por atirar na entrada de uma mesquita localizada em Bayonne, no sudoeste da França, garantiu à polícia que a ação foi uma forma de se vingar da destruição da Catedral de Notre-Dame, em Paris, que atribui aos muçulmanos.

Claude Sinké, que chegou a fugir do local, mas acabou detido em seguida, garantiu em interrogatório que não pretendia matar ninguém e que seu objetivo era devolver o que classifica como ataque contra a igreja da capital, que afirma ter sido realizado por "membros da comunidade muçulmana", afirmou o promotor de Bayonne, Marc Mariée.

Todos os elementos conhecidos na investigação sobre o incêndio da catedral parisiense, ocorrido em abril, indicam que a origem foi acidental, mas isso não impediu que surgissem rumores sobre um suposto ataque.

De acordo com o promotor, que concedeu entrevista coletiva hoje, granadas e armas foram encontradas na casa do homem, que se disse praticante de tiro esportivo. No depoimento, segundo Mariée, foram verificadas inconsistências, por isso, o atirador será examinado por um psiquiatra.

Até o momento, o ataque contra a mesquita não está sendo tratado como ação terrorista, ainda assim, a promotoria de Bayonne está mantendo contato e repassando as informações para a Promotoria Nacional Antiterrorista de Paris.

Claude Sinké chegou a ser candidato, em 2015, pelo partido Frente Nacional, que tem como maior expoente Marine Le Pen.

Na ação do atirador, dois homens foram atingidos, um de 74 e outro de 78. Ambos foram internados em estado grave e seguem hospitalizados, sem que haja risco de morrer.

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