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Homem morre baleado por policial em protesto em Buenos Aires

Protesto era contra o corte no fornecimento de energia elétrica que afeta vários bairros de Buenos Aires, em meio a uma onda de calor prolongada


	Casa Rosada, Buenos Aires: uma onda de calor atinge há duas semanas o centro e norte da Argentina, com temperaturas que variam de 25°C a 35°C
 (Getty Images)

Casa Rosada, Buenos Aires: uma onda de calor atinge há duas semanas o centro e norte da Argentina, com temperaturas que variam de 25°C a 35°C (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 18h48.

São Paulo - Um homem morreu nesta terça-feira após ser baleado por um policial quando participava de um protesto contra o corte no fornecimento de energia elétrica que afeta vários bairros de Buenos Aires, em meio a uma onda de calor prolongada.

Angel Duarte, 40, não resistiu a duas cirurgias no hospital Piñero, onde deu entrada com dois ferimentos de bala, um deles no abdome, informou uma fonte hospitalar.

O incidente aconteceu à meia-noite desta segunda-feira, quando um grupo de vizinhos bloqueava o trânsito em uma rua do bairro de Flores. Um carro tentava furar o bloqueio e, de dentro dele, o cabo da polícia Nicolás Encinas atirou contra os manifestantes, segundo a agência oficial Télam.

O policial presta serviços para a Polícia de Trânsito e foi detido. Ele mora na rua onde ocorreu o protesto.

Uma onda de calor atinge há duas semanas o centro e norte da Argentina, com temperaturas que variam de 25°C a 35°C.

Nesta segunda-feira, foi registrado um recorde histórico de demanda de energia no país, com um pico de 23.793 MW, superando em quase 400 MW a marca anterior, de 17 de dezembro, informou o governo.

Na semana passada, 80 mil usuários de Buenos Aires e periferia sofreram cortes de luz, e, em muitos casos, ainda não tiveram o serviço normalizado.

O governo garante que há geração de energia suficiente para atender à demanda recorde, e atribui os cortes a falhas de distribuição.

As duas distribuidoras de energia de Buenos Aires e periferia, Edenor e Edesur, abastecem 13 milhões de usuários.

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