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Homem é condenado à perpétua por morte de filho deixado no carro

Uma investigação revelou que o pai pesquisou na internet maneiras de viver sem filhos e como sobreviver na prisão

Prisão: um júri o declarou culpado de homicídio doloso, crueldade e exploração de menores (Kelly Huff/Pool/File Photo/Reuters)

Prisão: um júri o declarou culpado de homicídio doloso, crueldade e exploração de menores (Kelly Huff/Pool/File Photo/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 10h02.

Um homem foi condenado nos Estados Unidos à prisão perpétua, sem opção de recorrer à liberdade condicional, por ter esquecido o filho dentro de um carro sob um sol intenso, o que provocou a morte da criança, enquanto enviava mensagens com teor sexual em seu escritório.

O promotor Chuck Boring disse que Justin Ross Harris, de 36 anos e nascido na Geórgia, deixou que o bebê de 22 meses morresse "da forma mais horrível e inimaginável".

Harris alegou que esqueceu de levar o filho para a creche em 18 de junho de 2014 e que só percebeu que o havia deixado em sua cadeirinha vários minutos depois de deixar o trabalho de carro.

Os promotores, no entanto, afirmaram durante o julgamento que o acusado queria ficar livre de qualquer responsabilidade familiar.

Uma investigação revelou que Harris pesquisou na internet maneiras de viver sem filhos e como sobreviver na prisão, além de assistir vídeos de animais que morrem trancados em veículos expostos ao sol.

O caso deu uma guinada inesperada quando um detetive revelou que o acusado enviou mensagens de conteúdo sexual para seis mulheres, uma delas de 17 anos, enquanto o filho estava preso no carro.

Há três semanas, um júri o declarou culpado de homicídio doloso, crueldade e exploração de menores.

A juíza da Corte Suprema do condado de Cobb, Mary Staley Clark, anunciou a pena de prisão perpétua, além de 32 anos adicionais na cadeia por outros crimes.

"As provas apresentadas durante o julgamento e o veredicto do júri dizem tudo, basicamente", afirmou o promotor Boring.

"As provas mostraram que o acusado se deixou levar pelo egoísmo e cometeu um ato indescritível contra seu próprio sangue", completou.

Harris se recusou a falar durante a audiência de leitura de sua condenação.

O advogado de defesa, Maddox Kilgore, afirmou que pretende apresentar um recurso para solicitar um novo julgamento.

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