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Tiroteio em Toronto deixa dois mortos, incluindo agressor, e 13 feridos

Vítima que perdeu a vida é uma jovem, indicou um policial na entrevista coletiva, acrescentando que uma menina se encontra em "estado crítico"

Ataque em Toronto: segundo a polícia, o agressor utilizou um revólver (Chris Helgren/Reuters)

Ataque em Toronto: segundo a polícia, o agressor utilizou um revólver (Chris Helgren/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de julho de 2018 às 07h39.

Última atualização em 23 de julho de 2018 às 09h04.

Um tiroteio registrado no domingo à noite no bairro grego de Toronto deixou dois mortos, incluindo o agressor, e 13 feridos - informou o chefe de Polícia da capital econômica canadense, Mark Saunders.

A vítima que perdeu a vida é uma jovem, indicou o policial na entrevista coletiva, acrescentando que uma menina se encontra em "estado crítico".

O atirador morreu após uma troca de disparos com a polícia, completou, advertindo que ainda é muito cedo para saber os motivos do ataque.

A Polícia de Toronto informou que atendeu a uma chamada por volta das 22h locais (23h em Brasília) no distrito de Greektown.

A Global News citou uma fonte policial, segundo a qual o suspeito abriu fogo contra a Polícia antes de se suicidar.

Testemunhas disseram às redes locais que ouviram cerca de 20 disparos e o som de uma arma sendo recarregada várias vezes.

"Houve muitos disparos, depois uma pausa, depois mais tiros e, de novo, uma pausa. Devem ter havido uns 20, ou 30, disparos, e nos pusemos a correr", declarou uma testemunha, John Tulloch, citado pelo jornal "Globe and Mail".

Um vídeo publicado na Internet, que depois foi retirado do ar, mostrava um homem vestido de preto aproximando-se de um restaurante e atirando contra o vidro, relatou a Rádio Canadá.

Outra testemunha, Andreas Mantzios, disse à Global News que o agressor descarregou sua arma sobre uma jovem que fugia e, depois, continuou atirando em seu corpo estirado no chão.

"Tragédia" com as armas

O prefeito de Toronto, John Tory, advertiu que o tiroteio deste domingo é "prova de um problema com as armas" nesta cidade.

"As armas estão facilmente disponíveis para muitas pessoas", disse Tory em uma entrevista coletiva duas horas depois do tiroteio.

"Temos que averiguar o que aconteceu aqui. Não sabemos", acrescentou.

O primeiro-ministro da província de Ontário, Doug Ford, escreveu um tuíte em solidariedade às vítimas: "Meu coração está com as vítimas e os familiares desse terrível ato de violência armada em Toronto. Obrigado a todos que responderam com rapidez e ajudaram todos os afetados".

Toronto é a maior cidade do Canadá, e seus habitantes estão preocupados com o alto número de tiroteios registrados este ano. Cerca de 20 deles tiveram vítimas fatais.

Historicamente, o Canadá tem baixos níveis de violência armada, sobretudo, se comparado com os altos índices nos Estados Unidos, seu vizinho do sul.

Em abril, um homem que, aparentemente, tinha problemas com as mulheres, atropelou várias pessoas com sua caminhonete, deixando dez mortos e 15 feridos, em um dos ataques mais letais no país.

Na semana passada, a Polícia de Toronto começou a implementar um plano para reduzir a violência com armas. Essa medida inclui um reforço de 200 agentes no turno de 19h a 3h em alguns dos bairros com maior número de tiroteios.

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