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Hollande visita porta-aviões posicionado em frente à Síria

O presidente da França, François Hollande, visitou o porta-aviões Charles de Gaulle, que está localizado em frente ao litoral da Síria


	O presidente da França, François Hollande, no porta-aviões Charles de Gaulle, no litoral da Síria: Hollande assistirá uma missão noturna de caças Rafale
 (Philippe de Poulpiquet/Pool/Reuters)

O presidente da França, François Hollande, no porta-aviões Charles de Gaulle, no litoral da Síria: Hollande assistirá uma missão noturna de caças Rafale (Philippe de Poulpiquet/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 15h36.

Paris - O presidente da França, François Hollande, visitou nesta sexta-feira o porta-aviões Charles de Gaulle, que está localizado em frente ao litoral da Síria e de onde parte boa parte dos ataques franceses contra o Estado Islâmico (EI).

Além de pronunciar um discurso diante dos dois mil militares a bordo do navio hoje, Hollande, que viaja acompanhado do ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, assistirá nesta noite uma missão noturna de caças Rafale.

Na manhã desta sexta-feira, o Eliseu adiantou em comunicado que o presidente tinha previsto se reunir no porta-aviões com os militares mobilizados "para intensificar o combate contra o EI na Síria e no Iraque".

A viagem foi mantida em sigilo até o último momento por razões de segurança e ocorre em um momento em que Hollande tenta construiruma única grande coalizão contra o grupo jihadista.

O envio do Charles de Gaulle à região foi ordenado por Hollande após os atentados de 13 de novembro reivindicados pelo EI, que deixaram 130 mortos em Paris.

O Palácio do Eliseu destacou que a utilização do porta-aviões, ao sul do Chipre, está dentro da cooperação tanto com o restante dos países que formam a coalizão liderada pelos Estados Unidos como com as forças russas.

Desde sua chegada ao litoral sírio no dia 23 de novembro, o Charles de Gaulle, embarcação símbolo francesa, elevou em 20% a contribuição da França à coalizão, indicou a presidência.

No total, partiram da embarcação 59 missões operacionais e foram elaborados 79 relatórios fotográficos para a coalizão. O porta-aviões prosseguirá suas atividades na região com 10 a 12 saídas diárias.

De acordo com a cooperação europeia, Paris destacou que o Charles de Gaulle está escoltado, além da fragata francesa La Motte-Picquet, pelo belga Leopold I, enquanto a alemã Augsbourg se unirá ao grupo aeronaval ainda hoje e outra britânica fará o mesmo posteriormente.

A relação com os EUA é "uma relação muito estreita", disse o Eliseu, que assinalou que a fragata de defesa aérea Forbin faz parte da escolta do porta-aviões Harry S. Truman, que segue rumo ao Mar Mediterrâneo.

Além disso, uma fragata americana coopera na vigilância de um submarino russo equipado com mísseis de cruzeiro que navega pela região. Com a Rússia, a França mantém "uma coordenação simples, técnica e concreta".

A França tem na região 3,5 mil militares, 2,6 mil deles no Charles de Gaulle e em seus navios de escolta e o restante nas bases da Jordânia.

Até a chegada do porta-aviões, a França contava com 12 caças para bombardear as posições do EI, enquanto atualmente fornece 38 à coalizão contra o grupo terrorista.

O presidente francês reuniu ontem um Conselho de Defesa para estudar a situação na Síria e no Iraque e para estudar a intensificação dos ataques. 

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